Contrariando as expectativas, os eslovenos rejeitaram neste domingo (25) um novo código de família que amplia os direitos de casais do mesmo sexo, particularmente quanto à adoção, em um referendo marcado por uma participação muito baixa, segundo resultados parciais.
De acordo com as cifras com base em mais de 87% dos votos, 56,45% dos eleitores do país foram contrários à lei e 43,55%, favoráveis, informou a comissão eleitoral.
As últimas pesquisas de opinião publicadas na sexta-feira davam o "sim" como vencedor.
No entanto, a baixa participação, inferior a 30% segundo a última contagem, jogou a favor dos conservadores hostis à lei, que tradicionalmente mobilizam mais seu eleitorado.
A lei sobre a família foi adotada pelo Parlamento em junho de 2011 sob o governo anterior de centro-esquerda, mas nunca pôde ser aplicada.
Grupos civis conservadores, apoiados pela Igreja Católica, reuniram as 40.000 assinaturas necessárias para organizar uma consulta popular sobre o texto.
O código da família submetido à consulta estipula que os cônjuges do mesmo sexo possam obter "o mesmo estatuto legal" reservado aos casais heterossexuais casados, inclusive quanto a herança ou impostos.
As disposições vão muito além dos avanços feitos em vários países europeus que reconhecem uma forma de união civil nos casais homossexuais, pois tornam oficial a possibilidade de um ou outro adotar um filho do parceiro.