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Burlando sanções internacionais

Espanha apreende produtos químicos que seriam enviados clandestinamente à Rússia

Parceria com redes criminosas é nova arma da Rússia para causar caos no Ocidente
A ditadura russa, comandada por Vladimir Putin, foi sancionada por diversos países europeus devido à guerra da Ucrânia (Foto: EFE/EPA/ALEKSEY BABUSHKIN/SPUTNIK/KREMLIN POOL)

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As autoridades da Espanha interceptaram no porto mediterrânico de Barcelona um contêiner com 13 toneladas de produtos químicos que iam ser enviados para a Rússia, com a intenção de burlar sanções internacionais impostas por causa da guerra na Ucrânia.

Na operação, quatro pessoas foram detidas em várias localidades da região costeira da Catalunha (nordeste), conforme informou nesta terça-feira (15) em um comunicado a polícia espanhola, que atuou com auxílio da Agência Tributária.

As autoridades apreenderam documentação e material de informática em uma busca domiciliar e os detidos são acusados ​​de crime contínuo de contrabando de mercadorias proibidas.

A investigação começou em 2022, quando a polícia detectou uma empresa gerida por cidadãos russos que tinha desenvolvido um sistema de triangulação comercial, logístico e econômico destinado ao fornecimento ilegal de produtos químicos à Rússia.

Desta forma, tentaram burlar o pacote de sanções impostas a Moscou para limitar seu acesso a materiais e tecnologias que poderiam servir para reforçar suas capacidades militares no conflito bélico com a Ucrânia, país que invadiu em fevereiro de 2022.

Os investigadores confirmaram a exportação, através desta rede corporativa, de produtos químicos sancionados internacionalmente, alguns deles possíveis precursores de armas químicas ou agentes nervosos.

A empresa estabelecida na Espanha tinha uma filial em Moscou que era a destinatária final dos produtos químicos, embora o destino final fosse escondido com uma sucessão de empresas de fachada em países como Armênia e Quirguistão, de onde se pretendia que a mercadoria chegasse por via terrestre na Rússia.

A operação contou com o apoio do Organismo Europeu de Luta Antifraude (OLAF) e continua aberta para proceder à identificação completa, localização e detenção dos demais envolvidos.

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Conteúdo editado por: Isabella de Paula

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