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A polícia espanhola deteve nesta quarta-feira (28) seis pessoas suspeitas de uma fraude de US$ 600 milhões contra a Bolsa de Valores de Londres. O caso envolveria um banco brasileiro, cujo nome não foi revelado. A fraude ocorreu em 2003 na Langbar International Ltd., empresa que era listada no Mercado de Investimentos Alternativos da bolsa londrina.

O Escritório de Fraudes Graves (SFO, na sigla em inglês) do governo britânico começou as investigações no final de 2005 depois de a Langbar, antes conhecida como Crown Corporation Ltd., ter informado à Bolsa de Valores de Londres, em novembro de 2005, que uma auditoria feita por contadores da Kroll Associates não localizou 370 milhões de libras esterlinas, que a empresa acreditava que estariam depositados em um banco brasileiro.

As seis pessoas foram detidas nesta quarta em Madri, Barcelona e Alicante e eram associadas à Crown Corp. (atual Langbar). O nome dos detidos não foi divulgado. Todos são homens com idades entre 56 e 76 anos. Um é de nacionalidade argentina e os outros são espanhóis, informou o SFO.

Segundo as investigações, os seis detidos enganaram os investidores quanto aos recursos que a Crown Corp tinha disponíveis para supostamente investir em projetos em empresas no Canadá e nos EUA. A companhia foi listada na bolsa londrina em outubro de 2003. As seis pessoas teriam se aproveitado da venda das ações que tinham na Crown Corp.

"Através de operações complexas no mercado de ações, como falsificações, os detidos conseguiram inflar o valor das ações de uma empresa no mercado financeiro, sem depósitos que dessem sustento a esse valor, e tiveram lucro com a venda dos papéis", disse a polícia espanhola.

A Langbar iniciou um processo contra o ex-dirigente da Crown, Mariusz Rybak, e outros executivos, no final de 2007. Rybak e os acusados concordaram em pagar 30 milhões de libras esterlinas à Langbar em abril do ano passado. As informações são da Dow Jones.

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