A Espanha encara a última semana antes das eleições do próximo domingo (23) com os partidos focando nos eleitores indecisos, que podem chegar a 20% do total, e nos 2,6 milhões de solicitações de voto por correspondência dos espanhóis, que estarão em um período de férias atípico. Quase 37,5 milhões de cidadãos do país estão convocados às urnas para escolher entre, como sugerem as pesquisas, um bloco de esquerda ou um bloco de direita.
Os espanhóis decidirão se continuam a ser governados pelo Partido Socialista (PSOE), do atual presidente Pedro Sánchez – com o apoio quase certo e necessário da coalizão de esquerda Sumar, de Yolanda Díaz –, ou se depositarão sua confiança no conservador Partido Popular, do candidato Alberto Núñez Feijóo. A legenda deve contar com o apoio do partido Vox, de direita.
De olho nos indecisos
O presidente do governo e candidato socialista, Pedro Sánchez, defendeu neste domingo a sua gestão e a melhoria da convivência na Catalunha durante um comício em Barcelona, no qual pediu o voto das mulheres, dos jovens e dos indecisos a favor de "uma Espanha que avança unida na sua diversidade".
Por seu lado, o candidato do PP defendeu, neste domingo (16), a luta por um objetivo: os vinte lugares em jogo em 18 províncias que são decisivos para os assentos não irem para o PSOE devido à dispersão de votos. Feijóo incentivou a população a votar, avisando que "a abstenção é um voto para que (Pedro) Sánchez fique".
Voto por correio em destaque
O voto por correio se tornou um dos protagonistas das eleições desta semana, com milhões de espanhóis de férias e os escritórios da empresa pública reforçados com servidores trabalhando em turnos mais longos e em finais de semana.
Vários dirigentes tem chamado a atenção para isso e para a possibilidade de os eleitores não receberem seus votos a tempo. Entre eles, o líder do Partido Popular, que questionou a eficiência do sistema, o que levou a um fogo cruzado de acusações que continua até hoje.
Para garantir o voto, os correios mantiveram abertas neste domingo todas as agências das cidades de Madri e Barcelona, bem como as dos destinos mais turísticos, para facilitar a entrega da documentação do voto por correspondência e a sua emissão, cujo prazo termina na quinta-feira (20).
Número de obras paradas cresce 38% no governo Lula e 8 mil não têm previsão de conclusão
Fundador de página de checagem tem cargo no governo Lula e financiamento de Soros
Ministros revelam ignorância tecnológica em sessões do STF
Candidato de Zema em 2026, vice-governador de MG aceita enfrentar temas impopulares