Manifestantes realizam protesto no centro de Valência| Foto: REUTERS

As confederações sindicais espanholas Comissões Operárias (CCOO) e União Geral de Trabalhadores (UGT) afirmaram que cerca de 10 milhões de trabalhadores - dos 15,5 milhões que há no total - aderiram à greve geral convocada nesta quarta-feira (29) na Espanha contra a reforma trabalhista e possíveis mudanças na previdência.

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Em entrevista coletiva, os secretários de organização da UGT, José Javier Cubillo e da CCOO, Antonio del Campo, também denunciaram supostas agressões aos piquetes.

O secretário de comunicação do CCOO, Fernando Lezcano, alertou que "alguém disparou o gatilho esta noite", em referência à advertência policial contra uma manifestação em uma fábrica em Madri.

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O ministro do Trabalho, Celestino Corbacho, destacou que as primeiras oito horas da jornada de greve transcorreram com "normalidade" e sem incidentes relevantes, salvo em algumas cidades nas quais os serviços essenciais não tinham sido cumpridos.

Os cidadãos estão exercendo tanto o direito à greve como o de ir trabalhar com as "incidências próprias" de um dia "desta natureza", disse Corbacho. Ele acredita que os serviços essenciais possam ser restabelecidos naquelas cidades onde não estão sendo totalmente cumpridos.

O primeiro-ministro da Espanha, o socialista José Luis Rodríguez Zapatero, reiterou sua oferta de diálogo com sindicatos e empresários sobre a reforma trabalhista e previdenciária.

O presidente da entidade patronal Confederação Espanhola de Organizações Empresariais (CEOE), Gerardo Díaz Ferrán, ressaltou que a greve só tem adesão onde há "piquetes coativos".

Ferrán considerou que ainda é muito em cedo para saber o custo econômico da paralisação, mas afirmou que, de qualquer maneira, "todos os espanhóis" vão pagar e ela "será muito ruim para a Espanha".

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