Um tribunal nacional da Espanha está ampliando uma investigação sobre o suposto genocídio cometido pela China contra o Tibete e deve incluir o ex-presidente chinês, Hu Jintao, no processo.
Segundo a ordem judicial, um recurso de apelação feito por dois grupos de defesa de direitos humanos espanhóis foi aceito para incluir Hu em uma investigação iniciada em 2008. Ele era o líder do Partido Comunista no Tibete entre 1988 e 1992 e, de acordo com o documento, é visto como possível responsável pelas ações "destinadas a eliminar a singularidade e existência de Tibete".
O ex-presidente Jiang Zemin e outros seis oficiais chineses já estão sob investigação. Nenhum deles foi formalmente acusado.
O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou nesta sexta-feira que a questão tibetana era uma questão chinesa. O governo alega que espera que a Espanha lide com essa questão de forma adequada.
O sistema jurídico espanhol reconhece o princípio da justiça universal, em que suspeitos de genocídio podem ser levados a julgamento fora do seu país de origem. Fonte: Associated Press.