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Espanha

Espanha liberta líder do ETA condenado a 3 mil anos de prisão

Um dos mais notórios líderes do grupo separatista basco ETA deixou uma penitenciária espanhola no sábado após 21 anos preso por crimes que incluem 25 assassinatos, gerando protestos em todo o país.

Inaki de Juana havia sido originalmente condenado a 3 mil anos de prisão por uma onda de ataques a bomba e tiros em Madri, em meados da década de 1980.

Ele caminhou livre de uma prisão perto de Madri nas primeiras horas da manhã, acompanhado por sua mulher, advogados e seguranças.

O governo espanhol expressou preocupação e disse esperar que Inaki passe a agir dentro da lei.

"Esse indivíduo gera uma perfeitamente compreensível sensação de desprezo por parte do primeiro-ministro, assim como de todos os cidadãos", disse o premiê Jose Luis Rodriguez Zapatero.

O governo de Zapatero interrompeu tentativas de conversas de paz com o ETA após culpar o grupo pelo ataque a bomba em 2006 do aeroporto de Madri, no qual duas pessoas morreram.

De Juana era para ser libertado em 2005, uma vez que o tempo máximo de prisão aplicável na Espanha é de 20 anos. Mas esse tempo foi estendido para 40 anos em crimes relacionados a terrorismo.

Ele foi condenado a uma nova pena por comportamento ameaçador e por fazer apologia ao terror.

Um grupo em favor de vítimas do terrorismo reuniu 200 pessoas no local de um ataque organizado por de Juana com carro-bomba em 1986 em Madri, que matou 12 policiais e feriu 70 pessoas.

O Eta matou mais de 800 pessoas em quatro décadas de luta armada pela independência do território Basco, na fronteira entre a Espanha e a França.

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