Seis ex-funcionários da administração de George W. Bush devem ir para a Espanha para sofrerem processos, disse um advogado especializado em direitos humanos hoje.
O grupo é acusado em um processo espanhol de sancionar a tortura a suspeitos de terrorismo. O advogado Gonzalo Boye é um dos responsáveis pela ação. Entre os acusados estão o ex-procurador-geral Alberto Gonzales e o ex-subsecretário de Defesa Douglas Feith. O caso foi levado ao juiz Baltasar Garzón, que por sua vez o enviou a promotores para verificar se as acusações tinham mérito para uma investigação completa.
O acusação afirma que os acusados deram cobertura legal para a tortura de suspeitos de terrorismo na Baía de Guantánamo, em Cuba, ao dizer que os Estados Unidos poderiam ignorar as Convenções de Genebra e adotar uma definição bastante estreita de tortura. A acusação também recai sobre David Addington, ex-chefe de gabinete do então vice-presidente norte-americano Dick Cheney, e os funcionários do departamento da Justiça John Yoo e Jay S. Bybee, além do advogado do Pentágono William Haynes.
A lei espanhola permite às cortes locais jurisdição além de suas fronteiras em casos de tortura ou crimes de guerra, baseando-se na doutrina chamada Justiça Universal. O governo, porém, disse recentemente que almeja limitar o escopo dessas iniciativas. O único dos acusados a se pronunciar sobre o caso foi Feith, que no sábado disse que as acusações "não faziam sentido". Os promotores agora devem decidir se recomendam uma investigação completa.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink