A polícia espanhola prendeu nesta terça-feira (24) quatro pessoas suspeitas de usar as mídias sociais para fazer lavagem cerebral e recrutar pessoas para integrarem grupos violentos como o Estado Islâmico, disse o Ministério do Interior. À semelhança de outros países europeus, a Espanha tem intensificado os esforços para impedir que cidadãos adotem posições extremistas e sejam recrutados para grupos islâmicos na Síria ou no Iraque desde os ataques contra o jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, no mês passado.
Duas pessoas foram presas em Melilla, enclave norte-africano espanhol. Eles mantinham páginas na Internet que promoviam a causa de vários grupos radicais, especialmente o Estado Islâmico, traduzindo o material para o espanhol, disse o ministério em um comunicado. “Ambos os detidos, que compartilhavam a estratégia do grupo terrorista Daesh (Estado Islâmico), recrutavam mulheres que, após um processo de doutrinação, acabavam se juntando ao grupo terrorista”, disse.
Além de administrar as páginas na Internet, os dois também são acusados de organizar reuniões em Melilla onde apresentavam vídeos e materiais de Estado Islâmico destinados a persuadir os jovens muçulmanos de democracias ocidentais a se tornarem jihadistas. Algumas das pessoas que participaram das reuniões já se preparavam para ir às áreas sob controle dos militantes, disse o ministério.
Os outros dois suspeitos foram presos em Barcelona e Girona, na Catalunha, no nordeste da Espanha, por divulgar material pró-jihadista no Facebook. A polícia está investigando as ligações entre os grupos de Melilla e o catalão.