A Espanha está revendo uma proibição contra protestos às vésperas das eleições locais de domingo para evitar um impasse com manifestantes contrários às medidas de austeridade do governo que ocuparam as praças da Espanha nesta semana, disse o primeiro-ministro nesta sexta-feira.

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O conselho eleitoral disse na noite de quinta-feira que as leis eleitorais proíbem qualquer atividade de campanha no "dia de reflexão", véspera das eleições, e no dia da votação.

"Eu tenho um grande respeito pelas pessoas que estão protestando, e o estão fazendo de forma pacífica, e entendo que (a manifestação) é motivada pela crise econômica e a esperança dos jovens por empregos", disse José Luis Rodríguez Zapatero em entrevista à uma emissora de rádio.

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Ele disse ao Ministério da Justiça está revisando a decisão do conselho eleitoral para determinar se a regra deveria permanecer.

Conhecido como "os indignados", dezenas de milhares de pessoas protestando contra o alto desemprego e as pesadas medidas de austeridade do governo lotaram as principais praças das cidades espanholas durante cinco dias, marcando uma mudança após anos de paciência e uma prolongada recessão econômica.

Os espanhóis elegem cerca de 8 mil assembleias muncipais e 13 dos 17 governos regionais no domingo, e a previsão é de que o governista Partido Socialista sofra grandes perdas por conta de sua postura diante da crise econômica. A próxima eleição geral será realizada em março.

A Espanha tem o maior índice de desemprego na União Europeia, 21,3 por cento. Um colapso no setor de construção e o recuo nos gastos do consumidor tiveram forte impacto principalmente sobre os jovens, e 45 por cento da população entre 18 e 25 anos está desempregada.

Zapatero prometeu que não haveria uma nova rodada de medidas de austeridade após as eleições, mas enfatizou a obrigação da Espanha com o mercado internacional para manter seu plano de reduzir o déficit.

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