Testes rápidos para diagnósticos do novo coronavírus desenvolvidos pela companhia chinesa Bioeasy não são consistentes em detectar casos positivos, informaram microbiologistas da Espanha.
A Sociedade Espanhola de Doenças Infecciosas e Microbiologia Clínica (SEIMC), um dos principais institutos de pesquisa do país, informou que descobriu que os testes desenvolvidos pela Bioeasy Biotechnology tinham uma taxa de precisão inferior a 30%, enquanto que a sensibilidade prometida pela empresa era de mais de 80%.
Ao jornal espanhol El País, o Ministério da Saúde confirmou na quarta-feira (25) os fracos resultados das análises de sensibilidade e especificidade dos kits rápidos chineses e informou que eles não serão usados e foram devolvidos para a empresa.
O governo espanhol tinha comprado 340 mil testes rápidos da Bioeasy, empresa com sede na província de Shenzhen, segundo o El País. Eles estavam sendo usados na região de Madri, a mais atingida pela epidemia de Covid-19 na Espanha, e prometiam um diagnóstico em minutos.
O professor Leo Poon Lit-man, da faculdade de medicina da Universidade de Hong Kong, disse ao South China Morning Post que prometer 80% de precisão para esse tipo de teste é "desconcertante", porque ele já é conhecido por ser impreciso. "Seria perigoso se usado em larga escala, pois os pacientes que deveriam ser positivos podem não ser detectados", disse Poon, que ajudou a projetar o protocolo de testes para a Covid-19.
A embaixada chinesa na Espanha informou na quinta-feira que os kits de teste da Bioeasy não haviam sido aprovados pela Administração Nacional de Produtos Médicos da China e não foram incluídos nos suprimentos médicos enviados pelo governo chinês à Espanha.
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