Milhares de trabalhadores fizeram uma passeata pacífica na terça-feira em Madri, num protesto contra as medidas de austeridade e a reforma constitucional promovida às pressas pelo governo para controlar os gastos públicos, o que segundo eles ameaça programas sociais.

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Trabalhadores e membros do movimento juvenil Indignados se reuniram ao anoitecer na praça Puerta del Sol - epicentro dos protestos antigoverno na Espanha -, levando cartazes com os dizeres "Não quero nenhuma mudança na Constituição".

Sindicalistas disseram que 25 mil pessoas participaram, mas entidades patronais estimaram metade desse público.

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O protesto foi organizado pelas duas principais centrais sindicais do país, as Centrais Operárias e a União Geral dos Trabalhadores, na véspera de o Senado votar a reforma constitucional que limita os déficits estruturais dos governos central e regionais.

Também na terça-feira, trabalhadores da Itália fizeram protestos contra os planos de austeridade debatidos pelo Senado desse país. Países de toda a Europa estão tomando medidas para tentar controlar a crise fiscal na zona do euro.

"Como resultado da reforma trabalhista e da proliferação dos contratos temporários, não haverá mais trabalhadores com empregos permanentes. Os jovens receberam um verdadeiro chute nos dentes", disse o manifestante Luis Gómez, um professor de matemática de 59 anos.

O desemprego entre os jovens atinge 40 por cento na Espanha, e 20 por cento na força de trabalho como um todo - maior cifra de toda a União Europeia.

Neste ano, os Indignados acamparam durante várias semanas na Puerta del Sol, num protesto contra o sistema político espanhol. O movimento perdeu força durante os meses do verão boreal.

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