O papa Bento XVI fez um apelo aos políticos a "resistir à tentação do ódio", neste domingo, em Ancona, durante missa por ocasião do décimo aniversário dos atentados do 11 de Setembro e na prece do Ângelus.

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"Lembrando ao Senhor as vítimas dos atentados cometidos naquele dia e suas famílias, convido os dirigentes das Nações e os homens de boa vontade a rejeitar para sempre a violência como solução para os problemas e a resistir à tentação do ódio", declarou o papa.

Bento XVI também pediu aos políticos que "trabalhem na sociedade inspirando-se nos princípios de solidariedade, de justiça e paz".

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O papa celebrou missa ao ar livre, no canteiro naval de Fincantieri, para dezenas de milhares de pessoas reunidas em Ancona, porto italiano ao lado do Adriático.

No sábado, Bento XVI afirmou que os atentados do 11 de Setembro foram "ainda mais graves porque seus autores disseram agir em nome de Deus", em carta enviada ao arcebispo de Nova York, pelo 10º aniversário da tragédia.

Segundo o texto, em inglês, dirigido a Monsenhor Timothy Michael Dolan, "neste dia, meus pensamentos se voltam para os acontecimentos sombrios do 11 de setembro de 2001, quando tantas vidas inocentes foram perdidas".

"A tragédia do 11 de setembro foi muito mais grave porque seus autores usaram o nome de Deus", lamentou Bento XVI, para quem "nenhuma circunstância pode justificar atos de terrorismo".

"Cada vida humana é preciosa aos olhos de Deus e nenhum esforço deve ser poupado para promover, através do mundo, um respeito verdadeiro aos direitos e à dignidade de indivíduos e povos", escreveu Bento XVI, que reza para que "um compromisso firme de justiça e de solidariedade ajude o mundo a se desembaraçar de sofrimentos que levam, com tanta frequência, à violência".

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Bento XVI também homenageou o povo americano por "sua coragem e generosidade" durante as operações de socorro, assim como por sua "capacidade de reencontrar esperança e confiança".