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Membros do Congresso dos Estados Unidos e socorristas que trabalharam após os atentados de 11 de setembro de 2001 exigiram esta quarta-feira, em Nova York, que o câncer seja incluído na lista de doenças vinculadas aos ataques e, portanto, passível de compensação estadual.

"Em 11 de setembro, nós os resgatamos. Agora, é sua vez de nos resgatarem", declarou Pat Lynch, presidente da associação beneficente da polícia de Nova York, durante entrevista coletiva organizada perto do Marco Zero, no sul da ilha de Manhattan, onde se erguiam as torres-gêmeas do World Trade Center, alvo dos atentados.

Entre os signatários da petição, apresentada ao administrador do programa de saúde do 11 de setembro, estão os autores da lei "Zadroga" de compensação por problemas de saúde surgidos a partir dos ataques contra o World Trade Center, votada no Congresso americano em 2010.

Na petição, pede-se para "agregar a cobertura de câncer à lei Zadroga", após a publicação de um estudo médico que mostra que os bombeiros de Nova York que participaram dos trabalhos de resgate na região das torres-gêmeas, após os ataques, correm maiores riscos de contrair esta doença.

"A evidência é convincente", disse o congressista Jerrold Nadler, um dos autores da lei de compensação, que inclui recursos de US$ 4 bilhões para utilizar em tratamentos médicos por asma, estresse pós-traumático e ansiedade, entre outros males.

"Muitos de nós já sabíamos que a exposição às substâncias tóxicas no Marco Zero levou e continuará levando a um aumento (dos casos) de câncer entre os socorristas e sobreviventes do 11 de setembro", acrescentou Zadler.

O estudo, publicado na semana passada na revista médica Lancet, mostra que os bombeiros de Nova York que atuaram nos resgates correm um risco 19% maior de contrair câncer do que seus colegas que não participaram destes trabalhos.

Segundo a FealFood Foundation, grupo de apoio aos socorristas do 11 de setembro, um total de 345 bombeiros e 45 policiais morreram de câncer desde os atentados. Este número já supera o de 343 bombeiros e 23 policiais que perderam a vida no dia dos ataques.

A Lei Zadroga herdou o nome de James Zadroga, oficial do Departamento de Polícia de Nova York que morreu em 2006 por problemas respiratórios, atribuídos à sua exposição a substâncias químicas tóxicas na área das torres-gêmeas, durante os trabalhos de resgate que se seguiram aos atentados.

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