Esquecer
A balconista Suleika Esquea, nova-iorquina do Bronx, estranha quando a reportagem pergunta se ela vai fazer algo especial no domingo por causa do 11 de Setembro. "Eu não quero pensar no assunto", diz Suleika.
Seu colega, o colombiano Federico Pelaez, dá de ombros. "É triste, mas não é razão para ficar remoendo o fato".
Nas ruas, são poucos os sinais de que Nova York está a quatro dias da efeméride mais midiática do ano: no domingo, o 11 de Setembro completa uma década. Nada de bandeiras norte-americanas onipresentes nem de arroubos de patriotismo onde quer que seja. Há a inauguração do Memorial 11 de Setembro, uma programação cultural tímida e várias missas dominicais em memória das vítimas, como a anunciada pela Catedral de St. Patrick (foto).
Lembrar
"Não é algo que se pode deixar para trás", diz a recepcionista Mable Bell. No fim de semana, ela vai à missa para rezar pelas vítimas do terrorismo e por seus familiares. Em casa, ela conta que mantém um mural enorme com a imagem das Torres Gêmeas, um presente que ganhou do filho. "Dessa forma, eu nunca esqueço", explica. Para Mable, depois dos atentados, Nova York virou "uma espécie de família".
Sumir
A Gazeta do Povo conversou ontem com os jornalistas Jim Dwyer e Kevin Flynn, autores do livro 102 Minutos (Zahar), sobre a fatídica terça-feira de 2001 (confira reportagem na edição de amanhã). O nova-iorquino Dwyer admite que pensou em desaparecer durante o mês de setembro porque não se imaginava capaz de revisitar o assunto. "Acho que muitos querem deixar essa história no passado e seguir em frente", disse.
Sol e chuva
De acordo com a previsão do tempo, a chuva que incomodou Nova York ontem deve continuar, com poucos intervalos, até a próxima segunda-feira. Isso significa que o 11 de setembro de 2011 não será um dia de sol, como foi em 2001. Esse detalhe é tão caro para os nova-iorquinos que, segundo Dwyer, eles não conseguem olhar para um céu azul e sem nuvens sem pensar na tragédia.
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