Muçulmano pede engajamento
Na tarde última sexta-feira, o imã Shamsi Ali coordenou um evento em nome da união de várias religiões. Para ele, os muçulmanos precisam ser "embaixadores de sua fé" e se relacionar com pessoas de outras crenças como se fossem suas vizinhas.
Nova York Vive
Um dia, dez anos
Nas bancas, a quantidade de publicações dispostas a falar do 11 de Setembro é acachapante. Edições especiais preenchem as prateleiras falando de resiliência, luto e otimismo.
Nova York - Distrito financeiro. As palavras soam frias, impessoais e sugerem imagens de ruas cheias de agências de bancos com toda a parafernália de segurança, carros-fortes, filas intermináveis e pessoas estressadas por n motivos.
Assim era a região de Lower Manhattan até que as Torres Gêmeas vieram abaixo. Nos dez anos desde então, o bairro conseguiu se reinventar com alguns bilhões de dólares de ajuda governamental.
Os atentados conseguiram espantar muitos moradores, mas acabaram atraindo outros tantos. Uma área que se ressentia de sua impessoalidade agora tem várias características que a tornam envolvente.
O nova-iorquino Rex Rhee, nascido no Queens, é proprietário de duas lojas que vendem iogurte congelado e oferecem um cardápio com frutas, fibras e sanduíches naturais. Uma delas fica na Hanover Street, onde Rhee conversou com a reportagem da Gazeta do Povo.
Para o comerciante, o bairro tem uma "atmosfera pessoal" que não existia anos atrás. Além da ajuda financeira do governo, o número de turistas circulando pelo local aumentou muito e, com eles, vieram os cafés, restaurantes e lanchonetes.
"Eu acho que Lower Manhattan está muito mais receptiva e humana", diz Rhee. Quando não está cuidando da loja, ele costuma caminhar pela ruas vizinhas para espairecer e dar uma olhada no movimento da concorrência.
Descendo a Hanover Street em direção à praça de mesmo nome, há uma rua de paralelepípedos à direita, fechada por um biombo gradeado. A Stone Street se tornou uma referência em Lower Manhattan. O chão de pedras e as fachadas dos edifícios criam um cenário histórico bonito.
Várias mesas tomam conta da rua e o público pode comer na pizzaria da Adrienne, famosa no bairro, ou tomar uma cerveja em um dos bares irlandeses, batizados de Ulysses (referência provável ao clássico escrito por James Joyce) ou Becketts (outro irlandês famoso, vencedor do Nobel de Literatura).
Carolina Rose, de 26 anos, trabalha como garçonete na Stone Street há mais de três anos e concorda com o comerciante Rex Rhee, da iogurteria. "Os bares e restaurante conseguiram tornar o bairro mais alegre e divertido", diz.
Também chamado de Distrito Histórico, a área em torno da Stone Street tem acesso à internet gratuito de qualquer ponto da rua. Além da rua de pedras, por toda a região é fácil encontrar cafés (e não apenas da rede Starbucks), bistrôs e pequenos mercados. Quase sempre, você é recebido com um retumbante "Olá, como vai?" assim que põe os pés no ambiente. Pode parecer um detalhe pequeno, mas mostra como Lower Manhattan sabe ser acolhedora.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura