O Governo dos Estados Unidos confirmou nesta sexta-feira que a Al-Qaeda está por trás da ameaça de um possível atentado terrorista no país neste fim de semana, quando se completará o 10º aniversário dos ataques de 11 de setembro, e pediu calma à população.

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A secretária de Estado, Hillary Clinton, revelou que a rede terrorista está por trás desta nova ameaça contra os EUA durante um discurso em Nova York, onde está para participar dos atos em memória às vítimas da tragédia.

As autoridades têm "informação específica, crível, mas não confirmada, de que a Al-Qaeda novamente tenta atingir americanos e, em particular, atacar Nova York e Washington", disse Hillary, que foi a primeiro integrante do governo americano a apontar um responsável pela ameaça desde quinta-feira (08), quando ela foi revelada.

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Em seu discurso, a secretária de Estado ressaltou que o governo fará uma campanha "incansável" contra as ameaças e, se necessário, usará a força que lhe for permitida por lei.

"Sempre manteremos nosso direito de usar a força contra grupos como a Al-Qaeda que nos atacaram e ainda nos ameaçam", destacou a secretária de Estado.

Antes, o vice-presidente, Joe Biden, havia lembrado em entrevista que a ameaça não estava confirmada, e pedido aos cidadãos que mantivessem sua rotina, embora atentos perante qualquer movimento suspeito.

Biden afirmou que há pessoas dispostas a realizar atentados contra os Estados Unidos, mas assegurou que as autoridades estão utilizando cada recurso disponível, "incluindo as autoridades locais, para frustrar a possibilidade de que ocorram". O político também lembrou que graças à advertência de um cidadão foi desmantelada a tentativa de atentado com carro-bomba em Times Square no ano passado.

O presidente Barack Obama, por sua vez, pediu que a equipe de segurança "redobre os esforços" para seguir a informação obtida e tome as precauções necessárias, segundo o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

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Obama compareceu a uma reunião com o assessor presidencial para a luta antiterrorista, John Brennan, o assessor de Segurança Nacional, Tom Donilon, e seu adjunto, Denis McDonough, para ouvir os últimos dados sobre a investigação.

Carney confirmou que esta ameaça "não corroborada" não alterará os planos do presidente, que participará de uma homenagem às vítimas do 11 de setembro.

As autoridades revelaram que durante a operação militar que culminou com a morte do líder da rede terrorista Al-Qaeda no Paquistão, em 1º de maio, encontraram informações sobre a formação de um grupo de terroristas com o objetivo de realizar um atentado no 10º aniversário dos ataques de 11 de setembro. O site "The Daily" informou que por trás desta ameaça está o novo líder da Al Qaeda, Ayman Al Zawahri.

Em Washington, a chefe da Polícia do Distrito de Columbia, Cathy Lanier, declarou na última quinta-feira à noite estado de emergência policial e explicou que os agentes trabalharão em turnos de 12 horas ao longo do fim de semana como medida especial de proteção.

Lanier explicou que ordenou uma mudança de horário de última hora, com a intenção de manter seus oficiais em estado de alerta e ajudar a frustrar qualquer tipo de ataque.

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O aumento da presença policial estará respaldado pelo FBI, que investiga qualquer pista que possa confirmar a ameaça contra a "Big Apple".

O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, fez um pronunciamento na quinta à noite sobre a ameaça. Assim como Joe Biden, ele pediu que os moradores mantenham sua vida cotidiana, e lhes informou sobre medidas adicionais de segurança.