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Várias cerimônias estão previstas em Nova York e em outras cidades americanas, neste domingo, uma década depois do 11 de Setembro, com o presidente Barack Obama visitando os três locais da tragédia - Nova York, Washington e Shanksville (Pensilvânia), onde o quarto avião desviado caiu, após uma intervenção dos passageiros.

O aumento da presença policial é visível. Na estação ferroviária de Penn Station, por onde passam trens de todo o país, estão mobilizados vários policiais e até militares armados.

A área em torno do Marco Zero - local onde ficavam as Torres Gêmeas do World Trade Center, derrubadas nos atentados, foi aberta no sábado, com a presença de muitos turistas, mas as principais ruas da região amanheceram fechadas ao tráfego, com grandes restrições à passagem de pedestres.

Em torno do World Trade Center, onde se erguiam as duas torres destruídas, policiais armados caminham ao lado de cães farejadores.

O local será palco da principal cerimônia de daqui a pouco.

O chefe de polícia de Nova York, Raymond Kelly, confirmou o reforço do esquema de segurança, que prevê o aumento de 30% no número de patrulhas, a colocação em prática de controles de veículos, a multiplicação das revistas de pessoas nos transportes comunitários, uma vigilância maior de pontes, túneis, monumentos e prédios oficiais, ao lado da inclusão de um maior número de cães farejadores no policiamento.

O principal assessor antiterrorismo de Barack Obama, John Brennan, e o da Segurança Nacional, Tom Donilon, mantêm o presidente Barack Obama informado sobre os mais recentes desdobramentos de uma ameaça verossímil, mas não confirmada de atentado, lembrou o porta-voz da presidência, Jay Carney.

O reforço no policiamento foi estendido a Washington e Shanksville (no estado da Pensilvânia), onde os atentados também deixaram vítimas e onde serão realizadas cerimônias.

O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou, ao canal ABC, de televisão, que não havia um "índice flagrante" de ameaça em Nova York ou Washington, mas confirmou que as autoridades investigavam a possibilidade de um eventual atentado com carro-bomba.

"Como as informações que obtivemos após o operação contra Osama Bin Laden, a rede Al-Qaeda mostra um interesse particular pelas datas importantes e os aniversários, como o 11 de Setembro", informou na noite de quinta-feira o Ministério da Segurança Interior.

A cerimônia no Marco Zero começa às 8h35 deste domingo (horário de Nova York, 9h35 em Brasília) e será acompanhada pelo presidente Obama e pelo ex-presidente George W. Bush, além de várias outras autoridades, artistas e das famílias das quase três mil pessoas mortas nos ataques.

A cerimônia será interrompida várias vezes, com a observação de um minuto de silêncio, às 8h46, para marcar o momento exato em que o primeiro avião sequestrado pelos extremistas da Al-Qaeda, o voo 11 da American Airlines, investiu contra a Torre Norte do World Trade Center. Ao mesmo tempo, igrejas e templos em toda a cidade deverão fazer dobrar os sinos.

Outros cinco minutos de silêncio vão marcar o choque do voo 175 da United Airlines contra a Torre Sul, o colapso de cada uma das torres, o momento do ataque ao Pentágono, em Washington, e o momento em que o voo 93 da United Airlines, também sequestrado, caiu em Shanksville.

Depois de encerrada a cerimônia, as famílias das vítimas poderão pela primeira vez visitar o Memorial do 11 de Setembro, construído no Marco Zero, que será aberto ao público a partir de segunda-feira.

Ainda nesta manhã de domingo, os presentes lerão os nomes dos mortos nos ataques de 2001 e também no atentado anterior ao World Trade Center, em 1993, quando um carro-bomba explodiu em um estacionamento.

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