No distrito financeiro de Nova York, mais precisamente na Beaver Street, fica o famoso Delmonicos Steakhouse. Fundado no fim do século 19, o lugar se vangloria de ter recebido o escritor Mark Twain (1835-1910), autor de As Aventuras de Huckleberry Finn, para um jantar em que comemorou os seus 70 anos de idade. Hoje, o Delmonicos parece funcionar como um Sol no centro de Lower Manhattan.
Ao redor dele orbitam outros estabelecimentos, como o Harrys Café ou o Café Bravo. Perto dali, fica a Stone Street, uma pequena rua de pedras fechada para veículos que concentra vários bares e restaurantes. São esses locais que mudaram as características da região onde fica a bolsa de valores, a Trinity Church e o World Trade Center (WTC).
Pó
Um dos temas recorrentes em reportagens relacionadas ao 11 de Setembro aborda a saúde daqueles que trabalharam durante semanas nos escombros do World Trade Center buscando resgatar os corpos das vítimas. São bombeiros, policiais e voluntários que respiraram a poeira do concreto durante muito tempo, usando apenas uma máscara simples como proteção ou não usando nada. Hoje, essas pessoas enfrentam problemas graves de saúde, de câncer a dificuldades respiratórias.
Na televisão
Na rede de tevê CNN, um especial sobre os problemas relacionados à poeira do World Trade Center foi exibido ao longo da semana. O repórter entrevistou três homens que tentam sobreviver apesar das doenças e brigam para ter alguma ajuda financeira do governo. Nas entrevistas, eles afirmam como é difícil ter de rememorar os fatos e que querem ser positivos a respeito do futuro, apesar da nuvem que surge toda vez que precisam ir a um exame médico.
Como lembrar?
Analistas mais críticos questionam por que o 11 de Setembro recebe tamanha atenção enquanto outros fatos históricos parecem significar quase nada. A comparação que surgiu em um texto opinativo de Edward Rothstein, no jornal The New York Times, fala no bombardeio de Pearl Harbor e argumenta que a comoção gerada pelo evento que impeliu os Estados Unidos para a Segunda Guerra Mundial nunca chegou perto da emoção em torno dos atentados de 2001.