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Luto

Tributo honra as 2.982 vítimas

Patrick Tengelin e a mãe viajaram da Suécia para honrar a memória do irmão e filho, David, morto na Torre Norte | Irinêo Baptista Netto/Gazeta do Povo
Patrick Tengelin e a mãe viajaram da Suécia para honrar a memória do irmão e filho, David, morto na Torre Norte (Foto: Irinêo Baptista Netto/Gazeta do Povo)

Nova York - Uma multidão de familiares e amigos daqueles que morreram em 11 de setembro de 2001 acompanhou ontem a cerimônia de cinco horas de duração que pagou tributo às vidas perdidas para o terrorismo. A manhã nublada de domingo marcou os dez anos dos atentados e a inauguração do memorial às vítimas.

O presidente Barack Obama, o ex-presidente George W. Bush e os prefeitos e governadores de Nova York – hoje e à época dos atentados – deixaram os discursos de lado e assumiram o púlpito dentro do terreno de obras do World Trade Center (WTC) para ler textos escolhidos para a data.

Obama leu o Salmo 46, da Bíblia, que começa dizendo "Deus é nosso refúgio e fortaleza", enquanto Bush escolheu uma carta de Abraham Lincoln a uma mãe que havia perdido seus cinco filhos na Guerra Civil.

O Memorial apresentado ontem – dois espelhos de água que ocupam os lugares exatos onde ficavam as Torres Gêmeas, ladeados por painéis de bronze com os nomes dos mortos no 11 de Setembro – é a primeira obra a ser concluída dentro do novo WTC.

O complexo terá também um museu e mais três edifícios além do prédio principal, antes chamado de Torre da Liberdade e rebatizado com o número Um, assim como os outros serão chamados de Dois, Três e Quatro.

Ao longo da cerimônia, foram feitas seis pausas, marcando os eventos-chave da fatídica terça-feira de 2001. O primeiro minuto de silêncio ocorreu às 8h46, hora em que o voo 11 da American Airlines se espatifou contra a Torre Norte. O último, às 10h28, lembrou a queda do mesmo prédio – a Torre Sul foi atingida depois, mas desmoronou antes.

A cerimônia exigiu muito das pessoas que estavam presentes, tanto física – a maioria teve de ficar em pé a maior parte do tempo – quanto emocionalmente. Parentes daqueles que morreram aceitaram subir ao palco para ler os nomes das vítimas e todos os 2.983 foram lembrados.

Durante a leitura, muitos se emocionaram, tentando controlar a voz embargada. Uma vez dentro do Memorial, as reações eram diversas e, diante dos nomes inscritos no painel de bronze, havia quem tirasse fotos, quem colocasse flores ou desabasse sobre o metal sem conseguir segurar as lágrimas.

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