Os microfones do canal de televisão público tcheco "CT24" captaram na sexta-feira, no Parlamento de Praga, um diálogo em torno do funeral do líder sul-africano Nelson Mandela entre o primeiro-ministro, Jiri Rusnok, e seu ministro da Defesa, informa a imprensa tcheca neste sábado.
Sem perceber que os microfones estavam ligados, Rusnok se queixou de forma muito vulgar de sua acirrada agenda, na qual agora tinha surgido o imprevisto do funeral do ex-presidente sul-africano.
"É de f..., e agora além disso Mandela morreu", disse Rusnok ao ministro da Defesa, Vlastimil Picek, que respondeu "é de f... mesmo, quem vai?".
"Espero que vá o presidente Milos Zeman. É de f...,tenho calafrios de pensar em ir", disse Rusnok.
Em uma linguagem inédita que o primeiro-ministro designado, o social-democrata Bohuslav Sobotka qualificou hoje de típico "de crianças de colégio", os dois políticos prosseguiram seu diálogo.
"Eu tenho pânico de ir. Não me apetece nada. Terei que ir em linha regular ou em outra?", disse o primeiro-ministro.
"Não, em uma especial", disse o titular da Defesa. "P... e quem vai pagar?", perguntou o primeiro-ministro. "Eu pago", disse Picek.
Mais adiante, Rusnok expressou suas esperanças de que a República Tcheca seja representada por Zeman, que no entanto se encontra em repouso por conta de uma queda e usa muletas.
"Me diga como ele vai subir as escadas do avião?", perguntou Picek ao primeiro-ministro. "Não sei", respondeu Rusnok.
Horas depois, Jiri Rusnok pediu desculpas por sua forma de falar em mensagem de texto enviada à agência de notícias tcheca "CTK".
"Não foi apropriado me expressar assim com relação à morte de Nelson Mandela. Lamento tê-lo feito", assinala Rusnok.
Ontem, o primeiro-ministro tinha dito através de seu porta-voz que Mandela "sempre será um dos grandes do século XX. Sua morte é uma perda para todos os que souberam o preço dos direitos humanos (a liberdade)".
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