Gazeta do Povo traz o perfil dos mais cotados para papa
Textos foram escritos pelo jornalista norte-americano John Allen Jr., do "National Catholic Reporter".
O recolhimento e a oração são as atividades que marcam o dia a dia do conclave para escolha do novo papa, afirmou o arcebispo de Viena, Christoph Schönborn, em uma entrevista concedida à revista austríaca News.
"Um conclave é uma ocasião solene que não é comparável sequer com uma votação parlamentar. Em primeiro lugar, a escolha de um papa é um ato litúrgico, ou seja, um serviço religioso realizado na Capela Sistina, uma capela consagrada", explicou o purpurado, um antigo discípulo de Joseph Ratzinger que se encontra entre os "papáveis".
No texto, Schönborn, de 68 anos, narra suas impressões em relação ao processo de escolha do santo pai e revela alguns dados relacionados com o histórico acontecimento.
"No interior da capela não há nenhum tipo de diálogos ou debates, mas somente reza e votação". "Enquanto os cardeais se dirigem à urna, os demais centram seus pensamentos em Deus", explicou o arcebispo de Viena.
"Claro que os cardeais falam entre eles, mas somente na hora das refeições, dos grupinhos nos corredores e nos dormitórios da residência do conclave", detalhou o arcebispo austríaco à revista.
O momento de maior importância, para o cardeal, é quando se lê em voz alta o conteúdo dos votos.
"Esse é um momento de muita comoção devido à importância histórica do que está sendo decidido. O conteúdo estará associado com o novo sucessor do apóstolo Pedro e abrirá um novo capítulo na história da Igreja", completou.
No momento em que um candidato alcançar o apoio de dois terços dos cardeais, o mesmo será indagado se aceitará o cargo ou não, ao que o escolhido consentirá com a palavra "accepto".
Depois, o escolhido iniciará o processo de escolha de um nome e, só então, será anunciado na Praça de São Pedro sob a famosa frase "Habemus papam", explicou Schönborn.
Na entrevista concedida à revista austríaca, o cardeal também descreve a simplicidade da residência Santa Marta, localizada junto à Basílica de São Pedro e que abriga os 115 cardeais que elegem o papa.
"Os quartos são dos mais singelos e agradáveis: só têm uma cama, uma mesinha de noite, uma escrivaninha com uma cadeira e uma gaveta", relatou Schönborn. "Nada de televisores ou frigobar", acrescentou o cardeal, que publica uma coluna semanal no "Kronenzeitung", o principal jornal sensacionalista da Áustria.
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