O cardeal canadense Marc Ouellet, um dos principais candidatos para suceder o papa Bento, sugeriu em entrevista para a emissora nacional do Canadá que outros candidatos para papa poderiam fazer um trabalho melhor.

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"Tenho que estar pronto, mesmo se achar que provavelmente outros poderiam fazer melhor", disse Ouellet, de 68 anos, um dos vários cardeais vistos como material papal, à Canadian Broadcasting Corp em entrevista na noite de domingo.

Ouellet, que agora trabalha no Vaticano, serviu como arcebispo da província de Québèc de 2002 a 2010, um tempo turbulento em que as posições inflexíveis do Vaticano geralmente iam contra o secularismo em Québèc.

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Posteriormente, o então papa Bento 16 o nomeou para a influente posição de prefeito da Congregação de Bispos, que recomenda a nomeação de bispos ao papa.

Em entrevista separada para a CBC, Ouellet reconheceu que seu nome surgiu como um possível substituto de Bento 16, que renunciou oficialmente em 28 de fevereiro.

"Não posso nem pensar sobre a possibilidade. Razoavelmente, quando for para o conclave de cardeais, tenho que dizer a mim mesmo, 'e se, e se...' Me faz refletir, me faz orar, me deixa de certa forma com medo. Tenho muita consciência do peso da tarefa", ele disse.

"Portanto, é preciso estar pronto para qualquer resultado, mas eu acho que certo número de pessoas tem mais chance de ser eleito do que eu".

Ouellet disse que reconhecia que a Igreja e o próximo papa precisavam tirar vantagem da mídia social. Bento 16 começou a tuitar em dezembro, como @pontifex. Ouellet declarou que está ocupado, mas sabe que precisa começar a tuitar.

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Ouellet, que certa vez disse que se tornar papa "seria um pesadelo", provocou polêmica em Québèc em 2010, meses antes de ser levado ao Vaticano, quando reafirmou a posição da Igreja de que o aborto é errado, mesmo no caso de estupro.

A declaração provocou críticas de políticos de Québèc, e um colunista de jornal escreveu que esperava que o religioso tivesse uma morte longa e dolorosa.