A cotação alta de dom Odilo Scherer e o ócio ansioso dos cerca de 5.600 jornalistas à espera pela fumaça branca resultaram num enorme assédio a turistas brasileiros no Vaticano. Basta se enrolar numa bandeira verde-amarela na praça São Pedro que começam os flashes e pedidos de entrevistas sobre as chances de um papa brasileiro.
"Já dei entrevista para a Itália, Polônia, México, Portugal, Hungria....", conta a bancária gaúcha Gabriela Olson, de 34 anos, que veio à Itália a passeio com o marido e os sogros. E ainda eram 10h30 da manhã de quarta-feira (13), com chuva e temperatura de 9º C, no segundo dia do conclave.
Menos sucesso faz o sogro, Aeson Olson, enrolado numa bandeira do Internacional. "Mas já veio um romano aqui gritando: "Falcão! Falcão!" - alusão ao "rei de Roma" dos anos 1980, que despontou no clube de Porto Alegre.
Mas a bandeira branca e vermelha acaba atraindo outros gaúchos. Um deles se aproxima e comenta: "Puxa, devia ter trazido uma bandeira do Brasil". "É fácil", responde Gabriela. "Lá no Carrefour está à venda por um euro."
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