O papa Francisco fala português com desenvoltura. Sua pronúncia foi considerada "muito boa" por alguns religiosos brasileiros que o ouviram confirmar presença na Jornada Mundial da Juventude, encontro de jovens católicos que será realizado entre os dias 23 e 28 de julho no Rio.

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"Sem dúvida, ele não vai precisar tomar aulas para ir ao Brasil", disse o monsenhor Antônio Luiz Catelan, assessor do presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Raymundo Damasceno Assis.

Na tarde de quinta-feira (14), Catelan esteve entre os passageiros do ônibus que levou o novo líder da Igreja Católica até a Capela Sistina para a missa de encerramento do conclave.

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De acordo com o monsenhor, ao entrar no ônibus, o papa observou alguns lugares vazios e disse, em português: "Vou me sentar com o Raymundo".

O novo papa elogiou a alegria do povo brasileiro. "E ainda cantou o trecho de uma musiquinha brasileira, que não vou revelar qual. É segredo pontifício", disse Catelan, com bom humor.

A afinidade do papa Francisco com integrantes da comitiva nacional pode favorecer a programação da jornada.

Responsável pelo comitê organizador local da jornada, o arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, já prepara ajustes no roteiro da visita.

"Vamos manter as atividades já propostas e acrescentar sugestões. Antes a orientação era reduzir os deslocamentos por conta da saúde de Bento XVI", disse Dom Orani.

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O arcebispo revelou detalhes do primeiro compromisso do papa na Jornada Mundial da Juventude, no dia 25 de julho, em Copacabana. O papa desembarcaria de helicóptero no Forte de Copacabana e seguiria de papamóvel por toda a praia (um percurso de quatro quilômetros) até o altar instalado no Leme (no ponto oposto ao Forte). "Essa é a ideia, mas não está decidido", ressaltou Dom Orani.

Em janeiro, uma comissão do evento esteve em Roma para discutir o assunto. "O Vaticano prefere o altar no Leme, de frente para toda a praia de Copacabana e sem público atrás do papa."

Antes descartada, a visita ao Cristo Redentor volta a entrar na pauta. Outro passeio em análise é a ida do papa a uma favela, repetindo João Paulo 2º que visitou o Vidigal em 1980.

Em Roma, o cardeal Dom Odilo Scherer apostou na disposição do novo líder da igreja: "Um papa com saúde, com menos idade, poderá eventualmente ousar mais e incluir mais programas em sua visita ao Brasil."

Alberto Gasbarri, emissário do Vaticano responsável pelas viagens papais, vem ao Rio no início de abril para definir os últimos detalhes da visita.

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