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Mensagem

Cardeais expressam "gratidão" ao papa emérito Bento XVI

Efe

Os cardeais que preparam o conclave enviaram ontem uma mensagem ao papa emérito Bento XVI em que expressaram gratidão por seu "luminoso ministério".

O telegrama, informou o Vaticano, foi enviado pelo cardeal decano, Angelo Sodano, em nome dos cardeais presentes – deles, 110 eleitores, ou seja, que poderão entrar na Capela Sistina para escolher ao sucessor de Ratzinger.

"Os padres cardeais reunidos no Vaticano para as congregações gerais prévias ao próximo conclave enviamos uma devota saudação, com a expressão de nossa renovada gratidão por seu luminoso ministério petrino e pelo exemplo que nos deu de um generoso zelo pastoral para o bem da Igreja e do mundo", escreveu Sodano.

Ao fim da terceira congregação geral, realizada ontem ainda com a ausência de cinco cardeais eleitores, a cúpula da Igreja não conseguiu chegar a uma decisão sobre a data de início do conclave que elegerá o próximo papa.

Para que a eleição comece, é preciso que estejam presentes todos os 115 cardeais votantes com menos de 80 anos, a idade-limite para votar.

O mais provável é que o conclave tenha início no dia 11, próxima segunda-feira, quanto todos os cardeais certamente já estarão presentes.

"O tema [data do Conclave] continua completamente aberto, não teve nenhuma decisão, mas o motu proprio [documento publicado pelo papa Bento XVI que possibilita a antecipação da eleição] já foi discutido", disse agora pouco o porta-voz da Santa Sé, o padre Federico Lombardi.

Contudo, o sinal de que o processo de escolha está para começar já foi dado. Desde ontem, a Capela Sistina está fechada aos turistas e está sendo preparada para receber os 115 cardeais.

No primeiro dia de reuniões pré-conclave, cardeais que elegerão o sucessor de Bento XVI disseram que vão discutir os escândalos de abuso sexual e suspeitas de corrupção no Vaticano antes de escolher o próximo papa.

Eles não terão acesso ao dossiê que investigou o Vatileaks (vazamento de documentos da igreja), mas poderão perguntar aos colegas sobre o tema.

ChaminéCapela Sistina terá duas estufas para definir melhor a cor da fumaça

Pela primeira vez serão usadas na Capela Sistina duas estufas em um conclave, uma para queimar as cédulas dos votos e a outra da qual sairá a fumaça branca, que indica ao mundo que há um pontífice, e a fumaça preta, que significa que a Igreja continua sem um papa.

O porta-voz vaticano, o padre Federico Lombardi, afirmou ontem que apenas a queima das cédulas com palha não seria suficiente para mostrar ao mundo se o que sai da chaminé da capela é a fumaça branca ou negra. Para que não ocorram equívocos, será usada uma estufa exclusivamente para mostrar ao mundo, "de maneira indubitável", de qual fumaça se trata.

Até agora, a negra era resultado da queima das cédulas com palha úmida. E para conseguir a fumaça branca, a palha deveria estar seca.

Por enquanto, ainda não se sabe como será o método usado para conseguir a cor desejada.

Em 1978, durante a eleição de João Paulo I, a fumaça que saiu da capela foi cinza. Nas escolhas de João Paulo II e Bento XVI, o erro se repetiu e a fumaça demorou a ficar branca, gerando dúvidas no mundo inteiro.

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