Assim como João Paulo II, que chegou a jogar futebol na juventude como goleiro, na Polônia, o argentino Jorge Mario Bergoglio, nomeado nesta quinta-feira o novo papa, também é fã do esporte. Torcedor fanático do San Lorenzo, de Buenos Aires, Bergoglio, agora Francisco I, é sócio do time e frequenta o Estádio Gasómetro, em Buenos Aires, desde criança.
O pai do novo papa chegou a jogar basquete pelo clube. Em 2008, ainda cardeal da Argentina, Bergoglio rezou a missa dos 100 anos do San Lorenzo. "Não importa as cores do outro lado [dos adversários], se pedirmos à Virgem", declarou na missa, dando mostra de sua paixão pelo San Lorenzo.
Na oportunidade, o novo papa também pediu para que a diretoria e a torcida jamais tirassem a imagem da Virgem Maria da sede. "Nunca tirem a Maria Auxiliadora do clube porque é sua mãe, já que San Lorenzo nasceu na (igreja) São Antonio, sob a proteção da Virgem".
Nesta última citação, o papa se referia à fundação do San Lorenzo, que tem ligação direta com a igreja católica. O clube surgiu a partir do convite de um padre para que os meninos do bairro de Almagro fossem jogar bola no pátio da igreja, após um deles ser atropelado. Como retribuição ao padre Lorenzo Massa, os garotos decidiam dar o nome do clube de San Lorenzo.
Segundo o jornal Olé!, principal diário esportivo da Argentina, Bergoglio chegou a acompanhar toda a campanha do San Lorenzo no título argentino de 1946. "Não perdi nenhum jogo desse campeonato", confessou o padre na missa de 100 anos do clube.
A diretoria do time não deixou de parabenizar o seu torcedor mais ilustre. "É um orgulho para a instituição saber que o primeiro papa sul-americano é sócio do San Lorenzo", postou o clube em seu Twitter oficial. Atualmente, o San Lorenzo não vai bem no Campeonato Argentino e está ameaçado de rebaixamento.
Imprensa
Mal fora anunciado que o novo papa seria o argentino Bergoglio, o jornal Olé! tratou de tripudiar sobre o Brasil, como tradicionalmente faz nas reportagens envolvendo os dois países no futebol.
Na manchete de seu site na tarde desta quarta-feira, o Olé! enfatizou que a vitória no Vaticano foi em cima de um brasileiro, o arcebispo de São Paulo, dom Odílio Scherer. Sob o título de Mano de Diós, em referência ao famoso gol de Maradona diante da Inglaterra na Copa de 1986, o jornal cravou na chamada: "Maradona, Messi... E agora Jorge Mario Bergoglio: o novo papa".
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