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Acusações

Documento indicaria conivência durante ditadura argentina

O jornalista argentino Horacio Verbitsky voltou a publicar no diário Página 12 cópia do documento que, a seu ver, "termina com a discussão" sobre o papel de Jorge Mario Bergoglio no sequestro e tortura por parte do regime militar argentino, em 1976, dos padres Orlando Yorio (morto em 2000) e Francisco Jalics. O documento é uma das peças do livro O Silêncio, que Verbitsky lançou em 2005, no qual acusa Bergoglio de delatar ambos aos militares. Trata-se de uma nota, de 1979, assinada pelo então diretor de Culto Católico da chancelaria argentina, Anselmo Orcoyen, na qual se registra que Bergoglio fez formalmente um pedido para a renovação do passaporte de Jalics, instalado na Alemanha, após sua soltura pelo regime militar. Porém, verbalmente, teria feito uma "especial recomendação" para que ele fosse negado, abastecendo o ministério com informações como suspeita de "contato com guerrilheiros".

Folhapress

"Não é um 'cardeal de livro'. Ele chega ao coração da gente", dizia um italiano à sua esposa, entre a multidão que saía da Praça de São Pedro, após a oração do Angelus, o primeiro do papa Francisco. Os desvios e limitações de trajeto por toda Roma, o metrô lotado, com frio e céu cinza, não foram obstáculos para as 300 mil pessoas que foram ao Vaticano ouvir o papa, que falou sobre misericórdia e perdão.

A advogada brasileira Luciana Lencastre, que estava de férias por Roma e madrugou para conseguir ver o pontífice, acredita que Francisco já começou muito próximo do povo, e espera que ele "possa realmente" fazer algo pelos mais pobres. Outros brasileiros, como as universitárias Caroline Melo e Marina Teixeira, que moram em Lisboa, Portugal, se deslocaram para poder ver a oração, e também esperam que Fransisco se dedique aos mais necessitados.

A argentina Beatriz Marini, que já tinha a viagem programada há tempos e veio de Buenos Aires para acompanhar o marido, que corria uma maratona romana, aproveitou para ir à Praça de São Pedro. "Eu esperava assistir a uma audiência com Bento XVI nesta ocasião, e agora estou indo para o Angelus com o papa Francisco."

O transporte coletivo em Roma ficou tão lotado que a funcionária do museu Chiostro del Bramante, Luciana Rometi, demorou mais de duas horas para voltar a sua casa, um trajeto que normalmente levaria 15 minutos. No ônibus cheio e com tempo de sobra, comentava: "O papa Francisco disse que a velhice é a base da sabedoria. Portanto, vamos aproveitar para apreciar a beleza de Roma. Aqui está a Igreja em que o papa entregou flores a Nossa Senhora", apontava, referindo-se a Santa Maria Maior, que o Papa visitou no dia seguinte de sua eleição. Outros passageiros começaram a interagir, às vezes dando gargalhadas com a "guia amadora" dentro do ônibus urbano.

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