Escolha
Conclave começará depois do dia 15 de março, diz Vaticano
Reuters
O conclave que vai decidir o sucessor do papa Bento XVI vai começar depois de 15 de março, informou ontem o Vaticano. O conclave, quando cardeais se reúnem para eleger o novo papa, vai começar de 15 a 20 dias depois de o cargo papal ficar vago em 28 de fevereiro, disse o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, em entrevista coletiva. Lombardi disse ainda que os católicos não devem ficar desorientados pela decisão de Bento XVI.
Três
Cardeais africanos são cotados para assumir o Trono de Pedro
Efe
Após o anúncio surpreendente do papa Bento XVI, a Igreja Católica poderá encontrar seu sucessor na África, onde até três cardeais um ganês, um nigeriano e um guineano possuem chances de se transformar no próximo sumo pontífice.
Bento XVI apresentará sua renúncia oficial somente no dia 28 de fevereiro e, enquanto se espera para março o conclave que deve definir o novo santo padre, aumentam as especulações sobre o futuro líder dos mais de 1,2 bilhão de católicos no mundo.
"Há um africano com possibilidades reais de ser papa?", indagou o teólogo Guiseppe Liguori em um artigo publicado pelo jornal queniano Daily Nation, na última terça-feira.
"Em minha opinião, só dois africanos têm chances de ser escolhidos", disse Liguori, em alusão aos cardeais Peter Turkson (Gana) e Francis Arinze (Nigéria), dois que estão também entre os favoritos das casas de apostas britânicas. A África tem mais de 150 milhões de católicos.
O papa Bento XVI começou a se despedir ontem com a realização de sua última missa pública na condição de líder máximo da Igreja Católica.
Horas depois de uma audiência pública na qual explicou diretamente aos fiéis sua decisão de renunciar ao papado, Bento XVI presidiu a missa da Quarta-Feira de Cinzas.
A cerimônia transcorreu em clima melancólico, como se a decisão do papa tivesse sido finalmente assimilada pelos milhares de fiéis presentes na Basílica de São Pedro. Ao término, porém, os fiéis ficaram em pé para aplaudir o papa quando ele deixava o altar. A salva de palmas durou vários minutos e muitos dos mais próximos colaboradores de Bento XVI ficaram com lágrimas nos olhos.
"Nós não seríamos sinceros, Sua Santidade, se não disséssemos que um véu de tristeza encobre nossos corações nesta noite", disse o cardeal Tarcísio Bertone, ao fim da missa, com a voz embargada.
"Obrigado por nos ter contemplado com seu luminoso exemplo de trabalhador humilde e simples nas vinhas do Senhor", disse Bertone, citando as declarações feitas pelo próprio papa em sua primeira aparição na Praça de São Pedro depois de ter sido eleito papa, em 2005.
"Viva o papa!", gritou a multidão quando Bento XVI deixou o altar.
Geralmente, a missa da Quarta-Feira de Cinzas, que abre a Quaresma, é realizada na igreja no Aventino, uma das colinas de Roma, mas foi transferida de última hora para a Basílica de São Pedro.
Segundo o Vaticano, a mudança foi feita para acomodar a multidão esperada para o evento, além de evitar que o pontífice fizesse sua costumeira procissão até a igreja.
Antes da missa, o tom era mais festivo no Vaticano. Em sua primeira aparição pública desde que anunciou a renúncia, anteontem, o papa Bento XVI disse aos fiéis que tomou a decisão "pelo bem da Igreja".
O papa foi recebido ontem com uma longa ovação dos fiéis, que ficaram em pé, para recebê-lo durante a audiência semanal no salão Paulo VI, no Vaticano. Muitos dos presentes tinham lágrimas nos olhos.
No início da audiência, ele repetiu, em italiano, o que disse aos cardeais em latim na segunda-feira: que ele simplesmente não tem forças para continuar. "Eu tomei esta decisão de forma livre e para o bem da Igreja". Bento XVI pediu aos fiéis que "continuem a orar pelo papa e pela Igreja".
De acordo com números divulgados pela agência Efe, mais de 10 mil pessoas de todo o mundo, inclusive brasileiros, lotaram a Sala Paulo VI várias horas antes do pronunciamento.
Enquanto esperavam por sua chegada, os fiéis cantaram, hastearam bandeiras e gritaram frases de agradecimento ao papa que, ao entrar no recinto, foi aplaudido de pé por vários minutos. Sorridente, o pontífice agradeceu às demonstrações de carinho.
Bento XVI saúda brasileiros de Curitiba e Porto Alegre
Na primeira aparição pública após anunciar a renúncia do cargo no fim do mês, o papa Bento XVI enviou uma "cordial saudação" aos brasileiros de Curitiba e Porto Alegre (RS) em seu discurso de Quaresma, ocorrido na manhã desta quarta-feira (13) de Cinzas, no salão de audiências do Vaticano.
Leia a íntegra do discurso do papa em português: "Queridos irmãos e irmãs, hoje, Quarta-feira de Cinzas, iniciamos a Quaresma, tempo de preparação para a Páscoa. Estes quarenta dias de penitência nos recordam os dias que Jesus passou no deserto, sendo então tentado pelo diabo para deixar o caminho indicado por Deus-Pai e seguir outras estradas mais fáceis e mundanas. Refletindo sobre as tentações a que Jesus foi sujeito, cada um de nós é convidado a dar resposta a esta pergunta fundamental: O que é que verdadeiramente conta na minha vida? Que lugar tem Deus na minha vida? O senhor dela é Deus ou sou eu? De fato, as tentações se resumem no desejo de instrumentalizar Deus para os nossos próprios interesses, em querer colocar-se no lugar de Deus. Jesus se sujeitou às nossas tentações a fim de vencer o maligno e abrir-nos o caminho para Deus. Por isso, a luta contra as tentações, através da conversão que nos é pedida na Quaresma, significa colocar Deus em primeiro lugar como fez Jesus, de tal modo que o Evangelho seja a orientação concreta da nossa vida. Amados peregrinos lusófonos, uma cordial saudação para todos, nomeadamente para os grupos portugueses de Lamego e Lisboa, e os brasileiros de Curitiba e Porto Alegre. Possa cada um de vós viver estes quarenta dias como um generoso caminho de conversão à santidade que o Deus Santo vos pede e quer dar! As suas bênçãos desçam abundantes sobre vós e vossas famílias! Obrigado!"
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