Confirmado
Dilma fica mais um dia em Roma para visitar o sumo pontífice
Efe
A presidente Dilma Rousseff permanecerá mais um dia em Roma para ter uma audiência privada com o papa Francisco, afirmaram fontes oficiais.
O encontro será pela manhã e em seguida a governante voltará para Brasília, segundo porta-vozes da presidência.
Dilma, que está em Roma desde domingo, teve ontem a oportunidade de saudar rapidamente o papa após a missa solene que deu início ao seu pontificado.
A audiência da presidente com o papa argentino foi confirmada ontem, por isso a presidente resolveu estender por um dia sua estada no Vaticano.
Na segunda-feira, em um breve encontro com jornalistas brasileiros em Roma, Dilma afirmou que queria conversar com o papa Francisco sobre "pobreza e fome", dois assuntos sobre os quais considerou que o pontífice se mostrou "especialmente sensível".
O papa Francisco, em sua homilia da missa que marcou o início do seu pontificado, celebrada ontem, na Praça de São Pedro, apelou "a todos que ocupam postos de responsabilidade no âmbito econômico, político e social, a todos os homens e mulheres de boa vontade, para que sejam 'custódios' da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiãs do outro, do meio ambiente; para que não deixemos que os 'sinais de destruição e de morte' acompanhem o caminho deste nosso mundo".
Para o professor de Teologia da Criação da Pontifícia Università della Santa Croce, em Roma, Santiago Sanz, entres esses sinais poderiam se destacar a contaminação do ar, a destruição do meio ambiente, o mau-trato dos animais, o uso de drogas, o abuso sexual, a opressão contra os fracos, os doentes, as crianças e os idosos, a desigualdade social e a injustiça com os pobres.
"Desde o primeiro dia do seu pontificado, o papa Francisco tem insistido na harmonia entre as criaturas e o Criador", disse Sanz.
O teólogo também assinala que todo ser humano tem dentro de si uma força que pode levar ao mal ou ao bem. Daí a importância da luta cotidiana para não se deixar arrastar pela destruição em níveis diferentes, que culmina com a morte. "Eu gostei muito quando o papa falou: 'É preciso antes de tudo custodiar a si mesmo'. Claro, porque, se não nos cuidamos, não temos como ajudar aos demais", disse.