O Vaticano anunciou neste sábado (16) que o papa Francisco se reunirá segunda com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, com quem tem relação fria.
O ex-cardeal de Buenos Aires foi um importante crítico da política sociais do governo da presidente e de seu marido, Néstor Kirchner, considerados os responsáveis pelo afastamento entre o Estado e a Igreja Católica na Argentina.
O atual papa marcou suas diferenças com Cristina a partir de acusações de ONGs e grupos religiosos. Foi o caso da denúncia da existência de prostíbulos em Río Gallegos, território político dos Kirchner, em 2009, ou a de que o juiz kirchnerista Eugenio Zaffaroni era dono de apartamentos usados como bordeis, em 2011.
O pontífice ainda manifestou apoio a opositores de Cristina, como o prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, e o sindicalista Hugo Moyano.
AgendaNeste domingo (17) o novo papa celebrará seu primeiro Angelus, a bênção dominical, da janela dos apartamentos papais, na praça de São Pedro.
Na terça-feira, o papa Francisco assume oficialmente as funções e realiza a sua missa pública inaugural, também na praça São Pedro. A cerimônia coincide com o dia de são José, marido de Maria, mãe de Jesus.Essa missa deverá contar com a presença de chefes de Estado e governo, entre eles a presidente do Brasil, Dilma Rousseff.
Durante a semana, o papa Francisco ainda tem prevista em sua agenda, para sábado, uma visita a seu antecessor, Bento 16, em Castel Gandolfo, atual residência do papa emérito.
Francisco viajará de helicóptero até o local, ao sul de Roma, onde deve almoçar com Bento 16 antes de voltar para o Vaticano.