O Vaticano está tentando amenizar as declarações de um cardeal australiano que disse que a decisão do papa Bento XVI de renunciar ao posto de líder da Igreja Católica foi um "pouco desestabilizadora".
O cardeal George Pell disse à TV estatal Australian Broadcasting Corporation (ABC) que o Papa "estava bem consciente de que esta era uma ruptura com a tradição, um pouco desestabilizadora". Os comentários foram interpretados pelos meios de comunicação italianos como uma crítica incomum ao Pontífice, que deixou o Vaticano nesta quinta-feira (28).
Na entrevista, no entanto, Pell pareceu defender o Papa, quando relembrou os motivos alegados para a renúncia. "Ele sentiu que em razão de sua fraqueza e doença. Ele não tinha força para liderar a Igreja", acrescentou.
O porta-voz Thomas Rosica disse que era imprudente comentar sobre o que dizem os cardeais, e que os jornalistas não deviam tirar vantagem disso.