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Japão

Especialista da ONU diz que radiação não comprometerá saúde

“Verdes” da União Europeia protestam contra energia nuclear | Patrick Hertzog/AFP
“Verdes” da União Europeia protestam contra energia nuclear (Foto: Patrick Hertzog/AFP)

Tóquio - O acidente nuclear na usina Fukushima 1 não deve causar "nenhum impacto sério’’ sobre a saúde da população do Japão, segundo Wolfgang Weiss, chefe do Comitê científico da ONU para efeitos da radiação atômica (Unscear).

Weiss disse ter baseado sua conclusão nas informações de que a população está sendo ex­posta a baixos índices de radioatividade.

O representante das Nações Unidas também disse que, em termos ambientais, o acidente é menos dramático que o de Chernobyl (Ucrânia) em 1986, porém "muito mais sério’’ que o de Three Mile Island (EUA) em 1979.

Weiss afirmou ainda que em Chernobyl, um dos primeiros efeitos da contaminação radioativa na população foram problemas na tireoide em crianças. Até agora, nenhuma criança japonesa apresentou sintomas.

Alimentos

Ao comparar os efeitos da radiação sobre os moradores das áreas próximas das usinas em Fuku­­shima e Chernobyl, Weiss disse que na Ucrânia as contaminações aconteceram principalmente pela ingestão de alimentos contaminados com iodo radioativo –especialmente leite e vegetais.

Na terça-feira, o governo japonês informou que peixes encontrados próximo a Fukushima apresentavam quantidades de iodo – 131 acima do limite legal.

Segundo Aquilino Senra, professor de engenharia nuclear da UFRJ, as autoridades japonesas devem monitorar por meio de análises por amostragem frutos do mar pescados na região e impedir o consumo de peixes com radiação.

Os danos para a saúde dependem da quantidade de radiação no pescado. Segundo ele, mesmo peixes com índices baixos de radiação devem ser evitados. "Se alguém consumir vai ter algum dano, pode ser só um enjoo ou até uma mutação genética.’’

Nitrogênio

Após consertarem anteontem um vazamento de água radioativa, operários da usina nuclear recomeçaram a lançar água nos reatores, a fim de esfriá-los.

A ação aumenta o risco de novas explosões de hidrogênio. Para diminuir esse risco, nitrogênio está sendo lançada nos reatores para reagir com o hidrogênio e anulá-lo. O nitrogênio está sendo injetado na estrutura que contém o reator número 1, em um processo que deve durar dias.

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