Presidente Lula..| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.
Ouça este conteúdo

A nota do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre os ataques à Israel no último sábado condena o terrorismo, mas não cita o Hamas, grupo responsável pela investida. No comunicado, o governo brasileiro "reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas" Lula também não cita o grupo na sua nota nas redes sociais em que se diz "chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas"

CARREGANDO :)

Considerado terrorista por União Europeia, Israel, Reino Unido e Estados Unidos, o Hamas parabenizou o presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por ocasião de sua vitória nas eleições de 2022.

André Lajst, Presidente executivo da StandWithUs Brasil e cientista político especialista em Israel, Oriente Médio e Segurança Nacional, afirmou que sentiu falta da menção também no comunicado oficial. "Provavelmente não citam para não ter que dizer o que definir e dizer o que o Hamas é", declarou neste domingo, em entrevista à Globonews.

Publicidade

Questionado sobre a responsabilidade de Israel nos ataques, por ações como expansão dos acampamentos israelenses na Cisjordânia, território reivindicado pelos Palestinos, Lajst ponderou que o conflito tem razões históricas e que a entrave principal à conquista da paz geralmente é esquecido.

Segundo ele, o Hamas não está retaliando a ocupação numa área especifica, mas em todo território de Israel. "Para o Hamas, Israel não tem direito de existir. Ele não quer um acordo de paz." Em vídeo na Internet, o cientista politico condenou os que "passam pano" ao terror em nome da causa palestina. Para ele, o Hamas é um dos maiores dificultadores da solução, é um grupo "contra a paz".

Conforme publicou a Gazeta do povo, o ex-chanceler Celso Amorim, atual assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, assinou o prefácio de um livro que exalta o lado “diplomático” do Hamas, que tem , segundo ele, “um papel central na restauração dos direitos palestinos”.