A nota do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre os ataques à Israel no último sábado condena o terrorismo, mas não cita o Hamas, grupo responsável pela investida. No comunicado, o governo brasileiro "reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas" Lula também não cita o grupo na sua nota nas redes sociais em que se diz "chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas"
Considerado terrorista por União Europeia, Israel, Reino Unido e Estados Unidos, o Hamas parabenizou o presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por ocasião de sua vitória nas eleições de 2022.
André Lajst, Presidente executivo da StandWithUs Brasil e cientista político especialista em Israel, Oriente Médio e Segurança Nacional, afirmou que sentiu falta da menção também no comunicado oficial. "Provavelmente não citam para não ter que dizer o que definir e dizer o que o Hamas é", declarou neste domingo, em entrevista à Globonews.
Questionado sobre a responsabilidade de Israel nos ataques, por ações como expansão dos acampamentos israelenses na Cisjordânia, território reivindicado pelos Palestinos, Lajst ponderou que o conflito tem razões históricas e que a entrave principal à conquista da paz geralmente é esquecido.
Segundo ele, o Hamas não está retaliando a ocupação numa área especifica, mas em todo território de Israel. "Para o Hamas, Israel não tem direito de existir. Ele não quer um acordo de paz." Em vídeo na Internet, o cientista politico condenou os que "passam pano" ao terror em nome da causa palestina. Para ele, o Hamas é um dos maiores dificultadores da solução, é um grupo "contra a paz".
Conforme publicou a Gazeta do povo, o ex-chanceler Celso Amorim, atual assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, assinou o prefácio de um livro que exalta o lado “diplomático” do Hamas, que tem , segundo ele, “um papel central na restauração dos direitos palestinos”.