Especialistas de saúde norte-americanos em Dallas estavam avaliando nesta quarta-feira (1º) quantas pessoas podem ter sido expostas ao vírus Ebola, um dia após o primeiro diagnóstico da doença no país, informou a principal autoridade de saúde dos EUA.
A análise ocorre mesmo depois de as autoridades de saúde do Texas terem dito que os funcionários de saúde testaram negativo para a doença e que não há outros casos suspeitos no Estado.
As autoridades de saúde confirmaram o primeiro caso de Ebola nos EUA na terça-feira, quando um homem que voou da Libéria ao Texas foi diagnosticado com o vírus, que já matou mais de três mil pessoas no oeste da África.
"Temos uma equipe de sete pessoas em Dallas hoje ajudando a analisar isso com a família para ter certeza de que identificaremos qualquer um que possa ter tido contato com ele", disse o médico Thomas Frieden, diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), à rede de televisão NBC em entrevista.
Frieden afirmou que os especialistas estão monitorando "um punhado" de pessoas possivelmente expostas por meio de contato físico com o paciente. As autoridades estão buscando familiares que o paciente visitou, assim como assistentes de saúde que ajudaram a tratá-lo.
Autoridades de Dallas declararam nesta quarta-feira que os três membros da equipe de uma ambulância que transportou o homem testaram negativo para a febre hemorrágica, mas foram postos em quarentena e serão monitorados atentamente nos próximos 21 dias, o tempo que os sintomas podem levar para surgir.
As autoridades de saúde do Texas informaram no Twitter não haver outros casos suspeitos de Ebola no momento.
"A equipe no local irá analisar isso de maneira aprofundada para ver se existem quaisquer outros grupos que, por excesso de cautela, gostaríamos de monitorar com atenção", afirmou Frieden ao programa "Today" da sede do CDC em Atlanta.
Paciente está em estado grave
O paciente com Ebola que recebe tratamento em um hospital de Dallas, no Estado norte-americano do Texas, está em estado grave, disse nesta quarta-feira uma porta-voz do Hospital Presbiteriano do Texas.
Inicialmente ele foi avaliado pelos médicos e liberado com antibióticos, mas voltou dois dias depois, quando foi internado e isolado, uma demora que foi questionada por outros especialistas de saúde.
Nesta quarta-feira, Frieden e outras autoridades reforçaram seu pedido para que os funcionários de saúde sejam cuidadosos ao analisar pacientes com possíveis sinais do vírus no país. Frieden informou o presidente dos EUA, Barack Obama, sobre a questão do Ebola na terça-feira e ambos discutiram os protocolos de isolamento.
Alguns especialistas de saúde disseram, dadas as informações do CDC até o momento, que um surto generalizado nos EUA parece improvável.
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