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Consequências

Especialistas explicam remoção

Quando terminarem as buscas por sobreviventes e a possibilidade de vazamento de óleo diesel for descartada, deve ter início o processo para remoção do navio Costa Concordia do Mar Mediterrâneo. Especialistas em engenharia naval consultados pela reportagem da Gazeta do Povo explicaram que, apesar do susto, a futura remoção da embarcação do local não representa um grande desafio.

"Não é um problema grave para engenharia naval", diz Antônio Carlos Fernandes, professor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) sobre a retirada do navio da região onde encalhou. Fernandes, que é engenheiro naval, avalia que, "para a investigação, é melhor deixar o navio no lugar onde está, mas, para a rota [de outros navios], é melhor tirar o mais rápido possível".

O engenheiro mecânico e professor do curso de Construção Naval da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Carlos Frederico Teixeira, diz que quando um navio passa por um naufrágio e não há possibilidade de recuperá-lo para voltar a navegar, uma prática comum é descarregá-lo e desmontá-lo para ser removido aos pedaços. Atualmente embarcações só são deixadas onde ocorrem os acidentes se afundarem muito rápido e a chegarem a profundidades extremas.

Mas, no caso do Costa Concordia, os engenheiros consideram que a medida mais propícia a ser usada é fazer com que o navio volte a ficar estanque, para retirá-lo com a ajuda de rebocadores.

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