Em entrevista coletiva concedida à imprensa brasileira, o encarregado de Negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, afirmou nesta terça-feira (22) que espera que o país não reconheça os territórios separatistas de Donetsk e Lugansk, cuja "independência" foi declarada ontem pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin.
"O que nós esperamos do Brasil é o não-reconhecimento dos separatistas, o respeito a nossa soberania e um apelo à Rússia para que retome as negociações pacíficas", disse Tkach.
Em resposta ao questionamento dos repórteres acerca do posicionamento do presidente Jair Bolsonaro (PL) que, em viagem recente à Rússia, afirmou ser "solidário" ao país, o encarregado ucraniano afirmou entender que o chefe do Executivo brasileiro tenha "mencionado a saída pacífica". "Acho que o importante é que ele tenha falado sobre a necessidade de resolução diplomática do conflito", avaliou.
Tkach disse também que o Brasil é o único representante dos BRICS "que não está votando contra as iniciativas ucranianas" no Conselho de Segurança da ONU, mas reforçou a necessidade de uma resposta do país à decisão de Putin anunciada ontem.
"Toda a comunidade internacional é responsável pela prevenção de um novo conflito. A ausência de postura ou uma postura neutra só incentiva a guerra", afirmou.
-
Osmar Terra explica como reverter decisão do STF sobre a maconha
-
Relação entre Lula e Milei se deteriora e enterra liderança do petista na América do Sul
-
O plano de Biden para tentar sair da crise: aparentar normalidade e focar em Trump
-
STF julga pontos que podem mudar a reforma da Previdência; ouça o podcast