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Aniversário de Pan Pan em setembro de 2015 | STR/AFP
Aniversário de Pan Pan em setembro de 2015| Foto: STR/AFP

Pan Pan, o panda macho mais velho do planeta, morreu na quarta-feira (28) na China aos 31 anos, deixando cerca de 130 descendentes, o que representa um quarto dos pandas que vivem em cativeiro no mundo.

O animal, qualificado de “pai heroico”, morreu de câncer, anunciou o Centro de Pesquisa e Conservação do Panda Gigante, que era responsável por Pan Pan, na província de Sichuan.

“Seu estado se deteriorou rapidamente. Perdia a consciência e não conseguia se mover ou comer. (...) Os socorristas não conseguiram salvá-lo”, acrescentou o centro na sua conta de uma rede social.

Se os pandas são conhecidos por suas dificuldades para se reproduzir em cativeiro, Pan Pan (cujo nome significa “esperança”), se distinguiu por sua prolífica descendência, com filhotes que se reproduziram ao longo dos anos.

A esperança de vida dos pandas em estado selvagem geralmente não ultrapassa os 20 anos. Os animais em cativeiro costumam viver mais tempo, mas a longevidade de Pan Pan foi excepcional.

“Sua idade correspondia a cerca de 100 anos para um ser humano”, disse à imprensa chinesa Tan Chengbin, guarda da reserva onde Pan Pan passou seus últimos anos.

Pan Pan nasceu em 1985 em liberdade em Sichuan (sudoeste da China), mas foi recolhido quando tinha poucos meses e passou o resto da vida em cativeiro.

O panda mais velho do mundo é um fêmea de 36 anos, Basi, que em outubro passado sucedeu à decana dos pandas, Jia Jia, falecida em Hong Kong aos 38 anos.

STR/AFP

Crescimento tímido

Atualmente restam menos de 2 mil pandas em liberdade, ameaçados pelo desaparecimento drástico se seu habitat nos últimos 50 anos.

A China fez muitos esforços para preservar a espécie e seu entorno, principalmente com a criação de uma dúzia de reservas naturais, replantando bambu e impulsando programas de reprodução.

O trabalho deu frutos, visto que o número de pandas gigantes em liberdade na China aumentou 16,8% entre 2003 (1.596) e 2013 (1.864), segundo a administração florestal chinesa.

Em setembro, a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) retirou o panda da lista de espécies mais ameaçadas de extinção, algo que o governo chinês considera “prematuro”.

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