O dissidente libertado pelo governo cubano Pablo Pacheco, de 40 anos, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva errou ao comparar os detidos pelo regime da ilha a prisioneiros comuns. "Todos podem se equivocar. Talvez ele possa se desculpar conosco um dia, porque não temos nada a ver com os presos comuns de São Paulo ou Rio", afirmou ele, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada hoje. Pacheco chegou a Madri na terça-feira, beneficiado por um acordo entre o governo cubano, a Igreja Católica e a Espanha para a libertação de 52 dissidentes.
Ele passou sete anos e quatro meses como preso político na Cuba de Fidel e Raúl Castro. Professor de Educação Física de formação e jornalista por opção, foi acusado de fazer "propaganda inimiga" ao criticar o regime castrista. "Incrível, incrível. Vim com minha mulher e meu filho. Parece que estou vivendo um sonho", conta.
Porém, Pacheco não esquece dos outros dissidentes que continuam encarcerados em Cuba. "Enquanto meus irmãos continuarem na prisão, não há nada a celebrar", afirma. "Farei tudo para tirar meus amigos da prisão." Ele diz que planeja escrever um livro a partir de um diário que manteve clandestinamente na primeira prisão que passou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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