Foto arquivo: Maria Butina, líder de uma organização pró-armas, fala durante uma coletiva de imprensa em Moscou, em 8 de outubro de 2013| Foto: STR/AFP

A espiã russa Maria Butina, ativista russa pró-armas presa por espionagem em julho, chegou a um acordo judicial para mudar sua defesa de "inocente" para "culpada". Segundo a imprensa americana, Butina estaria tentando fazer um acordo com os promotores americanos. 

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Maria Butina está presa nos EUA, suspeita de se infiltrar nos círculos republicanos e fazer amizade com líderes da Associação Nacional do Rifle, o lobby pró-armas dos EUA, durante a campanha presidencial americana de 2016. O objetivo seria persuadir líderes políticos a satisfazer os interesses da Rússia. Butina, que era uma estudante nos Estados Unidos, estaria em contato com políticos russos.

Segundo os promotores que investigam o caso, ela é acusada de ser uma agente secreta da Rússia, de ter contatos com a FSB, a agência de inteligência que substituiu a antiga KGB, e de usar sexo para estabelecer conexões com pessoas influentes nos EUA. Moscou criticou a prisão, que define como "histeria antirrussa".

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Os advogados de Butina pediram a um juiz federal que convocasse uma audiência na terça-feira, quando Butina mudaria seu pedido, sinalizando que ela poderia admitir culpa. Os advogados de Butina se recusaram a comentar o pedido para a chamada "mudança de fundamento".

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Se Butina se declarar culpada, isso não significa que ela esteja cooperando. Também não levará necessariamente a uma sentença de prisão. Em um caso semelhante em 2010, Anna Chapman e nove outros "agentes adormecidos" que trabalhavam nos EUA para Moscou de maneira secreta se declararam culpados e foram enviados de volta a Moscou como parte de uma troca de prisioneiros.

No período que antecedeu a eleição presidencial dos EUA em 2016, Butina emergiu e apareceu em conversas com o governador Scott Walker, de Wisconsin, em uma convenção da NRA em 2015 e participando do lançamento de sua campanha presidencial alguns meses depois.

Mais tarde naquele ano, em um fórum em Las Vegas, Butina perguntou ao então candidato Donald Trump se ele, caso fosse eleito, melhoraria a deteriorada relação entre os EUA e a Rússia. Trump disse que achava que sua eleição melhoraria o relacionamento.

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A investigação da Butina foi realizada pela divisão de segurança nacional do Departamento de Justiça e não faz parte da investigação do promotor especial Robert Mueller sobre a interferência da Rússia na eleição de 2016.

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