Um espião cubano condenado de se infiltrar em uma organização de exilados cubanos na Flórida foi solto de uma prisão nos EUA na manhã desta sexta-feira, após ter cumprido 13 anos de sua pena de 15 anos, informou o advogado dele.
Rene González, o primeiro a ser solto dos chamados "Cinco Cubanos" - agentes de espionagem presos nos EUA em 1998 - deixou a prisão de Marianna, no noroeste da Flórida, por volta das 5h (horário de Brasília) e reencontrou suas duas filhas, o pai e o irmão, disse o advogado Philip Horowitz è Reuters.
Como tem dupla cidadania - norte-americana e cubana -, ele ainda precisa passar três anos em liberdade supervisionada nos Estados Unidos dentro de sua sentença e foi levado para um local desconhecido que Horowitz se recusou a revelar por questões de segurança.
"Ele estava animado, muito feliz de ver sua família", afirmou Horowitz, acrescentando que ele renovaria a apelação contra a exigência de que González passe a condicional nos Estados Unidos.
O governo comunista cubano e a família e amigos de González exigem que ele tenha permissão de retornar imediatamente para Cuba. Eles afirmam que a segurança dele nos Estados Unidos pode estar em risco de possíveis represálias por parte de cubanos exilados que eram espionados por ele.
Cuba considera os cinco espiões presos como heróis, e tem promovido uma campanha internacional pela libertação deles. Havana argumenta que González e seus companheiros agentes -- os outros quarto ainda cumprem sentença -- estavam trabalhando disfarçados na Flórida para acabar com ataques "terroristas" a Cuba por exilados cubanos linha-dura anticomunistas.
O caso dos cinco dificulta ainda mais as já complicadas relações entre cubanos e norte-americanos, que se deterioraram mais desde a prisão em Cuba do norte-americano Alan Gross, condenado por tentar instalar conexões de Internet em Cuba. Ele foi sentenciado em março a 15 anos de prisão por um tribunal cubano.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura