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Vista do Centro Espacial Kennedy, na Flórida
Vista do Centro Espacial Kennedy, na Flórida| Foto: NASA/Joel Kowsky

Vários espiões chineses têm sido flagrados em incursões surpreendentes por bases militares dos Estados Unidos e outros locais sensíveis, segundo um relatório divulgado nesta segunda-feira (4) pelo jornal americano The Wall Street Journal.

As atividades suspeitas desses agentes, que muitas vezes se faziam passar por turistas, vêm despertando grandes preocupações nas autoridades americanas com relação à segurança nacional do país.

De acordo com autoridades dos EUA citadas no relatório, nos últimos anos, foram registradas cerca de cem entradas não autorizadas de cidadãos chineses em áreas próximas a infraestruturas críticas. A recorrência desses casos tem aumentado as suspeitas de que esses indivíduos possam estar agindo a serviço da inteligência de Pequim.

A maioria dos casos de entradas não autorizadas ocorreu em áreas rurais, afastadas de pontos turísticos e aeroportos comerciais.

Um dos casos ocorreu próximo ao Centro Espacial Kennedy, na Flórida, onde cidadãos chineses foram encontrados mergulhando nas proximidades do ponto de lançamento de foguetes.

Em Key West, na Flórida, foram registrados casos de cidadãos chineses se passando por turistas, nadando nas proximidades das instalações de um centro de inteligência dos EUA e tirando fotos suspeitas do local.

Em alguns casos, essas entradas não autorizadas resultaram em detenções e processos na Justiça. Três cidadãos chineses foram condenados em 2020, depois de se declararem culpados por entrar ilegalmente em uma estação aérea naval em Key West e tirar fotografias.

Houve também casos de cidadãos chineses que afirmaram que o Google Maps os direcionara para o restaurante fast-food “mais próximo”, que sempre eram próximos a bases militares.

O relatório do jornal também destacou exemplos de cidadãos chineses que alegavam ser turistas e tentavam passar pelos guardas em bases militares, como em Fort Wainwright, no Alasca, numa divisão do exército focada na guerra no Ártico.

As autoridades dos EUA consideram esses casos como uma tendência “preocupante e crescente”, apontando para possíveis objetivos dos chineses de registrar práticas de segurança em locais federais sensíveis.

Até o momento, a Casa Branca, o FBI e o Departamento de Defesa dos EUA não emitiram comentários em resposta ao relatório do The Wall Street Journal.

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