John Brennan, diretor da CIA, terá de explicar a situação para membros-chave do Congresso americano| Foto: Yuri Gripas/Reuters

Preso

O escritório do Promotor Federal da Alemanha, sediado na região oeste do país, informou no último fim de semana que um homem de 31 anos foi preso sob suspeita de ser espião estrangeiro. Ele está sendo investigado.

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Repercussão

Para Merkel, se dados forem comprovados, "é um caso grave"

Folhapress

Em visita oficial à China, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou ontem que considera grave o caso do agente do serviço de inteligência do país acusado de espionar para os EUA, revelado pela imprensa alemã na semana passada.

"Se as informações forem exatas, é um caso grave", disse Merkel durante entrevista coletiva em Pequim ao lado do premiê chinês, Li Keqiang.

"No meu entendimento, seria uma evidente contradição com o que considero uma cooperação de total confiança entre as agências [de inteligência] e os países sócios", acrescentou a chanceler, nas suas primeiras declarações desde o início do caso.Na quarta-feira passada, um homem de 31 anos cujo nome ainda não foi revelado foi detido na Alemanha – de acordo com promotores do país, ele é suspeito de ter vazado mais de 200 documentos secretos entre 2012 e 2014.

Rússia

Inicialmente, suspeitava-se que ele espionasse para a Rússia. Mas, segundo reportagens de veículos de imprensa alemães, ele era um empregado do serviço de inteligência externa do país e confessou ao procurador-geral que vendeu serviços aos EUA.

A Agência Central de Inte­­ligência (CIA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos esteve envolvida na operação de espionagem contra a Alemanha que levou ao suposto recrutamento de um funcionário da inteligência alemã e renovou a revolta em Berlim, disseram ontem dois altos funcionários norte-americanos familiarizados com o tema.

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O diretor da CIA, John Brennan, foi convocado a informar membros-chave do Congresso norte-americano sobre a questão, que cria o risco de uma nova ruptura entre Washington e Berlim, um aliado europeu importante, declarou uma das autoridades. Não ficou claro se e quando Brennan irá falar aos parlamentares, e a CIA não quis comentar o assunto.

No fim da semana passada, o escritório do Promotor Federal da Alemanha, sediado na cidade de Karlsruhe, no oeste do país, emitiu uma declaração informando que um homem de 31 anos foi preso sob suspeita de ser um espião estrangeiro, e que as investigações estavam em andamento, sem oferecer mais detalhes.

Políticos alemães disseram que o suspeito, empregado do serviço de inteligência estrangeira da Alemanha, admitiu ter pas­­sado a um contato norte-americano detalhes sobre uma investigação de um comitê parlamentar sobre as supostas escutas reveladas por Edward Snowden, ex-prestador de serviços da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos EUA.

Os funcionários americanos que confirmaram o papel da CIA falaram sob anonimato e não deram mais informações. O secretário de imprensa da Casa Branca, Josh Earnest, recusou-se a comentar a desavença.

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