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costa da grécia

Esqueleto encontrado no fundo do mar pode desvendar naufrágio de 2 mil anos atrás

Arqueólogos marinhos escavam área do naufrágio de Anticítera, na Grécia | Reprodução/WHOI
Arqueólogos marinhos escavam área do naufrágio de Anticítera, na Grécia (Foto: Reprodução/WHOI)

Um esqueleto humano encontrado na costa da Grécia pode ser a chave para revelar os segredos do naufrágio “mais misterioso do mundo”, acreditam cientistas. Os restos foram encontrados próximos da ilha de Anticítera, local de inúmeras operações de exploração desde que um navio naufragado de dois mil anos atrás foi descoberto em 1900. As informações são do jornal britânico The Independent.

O naufrágio já rendeu dezenas de descobertas interessantes, como estátuas, peças em cerâmica, joias e o Mecanismo de Anticítera, dispositivo que muitos pesquisadores consideram “o computador mais antigo do mundo”.

Uma equipe de arqueólogos do Ministério da Cultura Helenístico, da Grécia, e da Instituição de Oceanografia Woods Hole (WHOI), dos Estados Unidos, encontraram os ossos humanos, que terão o DNA testado. A partir dos resultados, poderá ser identificado se trata-se de uma vítima do naufrágio.

De acordo com o Independent, cientistas nomearam o indivíduo de “Pamphilos”, que significa “amigo de todos” em grego. As estimativas iniciais preveem que o homem teria cerca de 20 anos no momento de sua morte, e que o navio estaria navegando de Anatólia (Ásia Menor) até Roma.

Os ossos encontram-se em boas condições, considerando que resistiram dois mil anos no fundo do oceano. “Agora podemos conectar o que descobrirmos sobre essa pessoa, que provavelmente navegou e morreu a bordo do navio de Anticítera, ao naufrágio”, comentou Brendan Foley, arqueologista marinho da WHOI, na página da entidade.

A análise do DNA permitirá que os pesquisadores descubram a aparência facial de Pamphilos, bem como a sua ascendência e etnia. “E eu aposto que terá ainda mais”, projeta Foley. “Estamos bastante certos que a área em que estávamos escavando corresponde à popa do navio, onde ficava a cozinha e, provavelmente, os compartimentos da tripulação e dos passageiros”.

De acordo com o pesquisador, se sua hipótese estiver correta, mais restos humanos devem ser encontrados na região.

Colaborou: Cecília Tümler

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