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O primeiro-ministro da França, Michel Barnier, durante sessão na Assembleia Nacional
O primeiro-ministro da França, Michel Barnier, durante sessão na Assembleia Nacional| Foto: EFE/EPA/TERESA SUAREZ

A coalizão de esquerda Nova Frente Popular (NFP) e o partido de direita nacionalista Reagrupamento Nacional (RN) ameaçam destituir o primeiro-ministro da França, Michel Barnier, devido à sua proposta de orçamento para 2025.

Segundo a emissora BFM TV, o RN deve decidir se apresenta uma moção de censura contra Barnier em uma reunião em 18 de dezembro.

Na segunda-feira (25), Marine Le Pen, líder do partido, se encontrou com Barnier e falou sobre as “linhas vermelhas” na proposta orçamentária do premiê que o RN considera inaceitáveis, como aumentar os impostos sobre energia elétrica e o adiamento de reajustes nas aposentadorias.

Após o encontro, Le Pen afirmou que seu partido manteve a posição de apresentar à Assembleia Nacional um voto de desconfiança contra o primeiro-ministro, já que ele se manteve “fixo na sua posição” sobre o orçamento.

Já líderes da NFP disseram na semana passada, em um artigo no jornal Le Monde, que também pedirão uma votação para destituir Barnier caso ele tente impor o orçamento por meio do chamado mecanismo 49:3, uma cláusula constitucional para forçar a aprovação da proposta sem votação na Assembleia Nacional.

Na eleição parlamentar de junho e julho, a NFP e o RN somaram mais da metade dos 577 assentos na casa, ou seja, caso se unam, eles poderão aprovar um voto de desconfiança para tirar Barnier do cargo.

Ele é do partido conservador Republicanos (LR) e foi indicado como premiê por Emmanuel Macron em setembro, causando revolta na NFP, que foi a coalizão mais votada na eleição legislativa, mas sua indicada foi rejeitada pelo presidente francês.

Como o partido de Macron, o Ensemble, e o LR estão em minoria na Assembleia Nacional, Barnier está numa posição extremamente frágil no Parlamento.

Segundo o Le Monde, nesta terça-feira, a Comissão Europeia apoiou a proposta de orçamento de Barnier, durante sua análise dos orçamentos de todos os 27 estados-membros da União Europeia. Bruxelas também chancelou o plano de redução da dívida da França, apresentado como parte do novo Pacto de Estabilidade, renovado no primeiro semestre.

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