Os partidos de esquerda e ecologistas da França conseguiram neste domingo (24) a maioria absoluta no Senado pela primeira vez desde a fundação da V República em 1958 e sete meses antes das próximas eleições presidenciais.

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O pleito tinha o objetivo de renovar, por voto indireto de 71.890 deputados, conselheiros gerais, regionais e delegados de conselhos municipais em 44 circunscrições e, para um período de seis anos, 170 cadeiras das 321 que constituem o Senado francês.

Antes da divulgação dos resultados oficiais, o aspirante a candidato do Partido Socialista nas próximas eleições presidenciais, François Hollande, favorito nas pesquisas, disse que o resultado seria "um fracasso sério, para não dizer grave, para (o atual presidente) Nicolas Sarkozy".

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Por sua parte, o primeiro-ministro, o conservador François Fillon, declarou em comunicado que "a oposição registrou um forte impulso" no Senado, que atribuiu a "divisões" em "numerosos departamentos" no seio de seu partido.

Esta progressão da esquerda "era previsível, devido às últimas eleições locais", nas quais a esquerda conseguiu uma tranquila vitória, acrescentou Fillon.

"Devemos unir nossas forças e afirmar nossas convicções perante os franceses", continuou o chefe de Governo, garantindo que tudo será decidido nas eleições presidenciais.