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Grécia

Esquerda moderada grega nega ter concluído acordo de coalizão

O pequeno partido de esquerda grego, Esquerda Democrática, classificou neste domingo (13) de "caluniosa" a declaração anterior de seu rival Esquerda Radical, segundo a qual teria sido formado um governo de coalizão.

"Isto é uma vergonha (...) é uma calúnia e uma mentira", disse o partido após o encontro dos líderes dos principais partidos com o presidente Carolos Papulias, que foi considerado como a última oportunidade para a formação de uma coalizão que possa evitar a convocação de novas eleições que poderiam colocar a Grécia ante um futuro incerto.

O líder da Esquerda Radical grega (Syriza), Alexis Tsipras, anunciou neste domingo que três partidos alcançaram um acordo para formar um governo de coalizão por um período de dois anos, que aplicará o plano de austeridade acordado com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) em troca de assistência financeira.

"Ao todo, os três partidos têm 168 deputados no novo Parlamento e têm, portanto, a maioria", disse o líder do partido Syriza, referido-se aparentemente aos conservadores da Nova Democracia, os socialistas do PASOK e o partido Esquerda Democrática.

Tsipras fez as declarações após ser recebido esta manhã pelo presidente Carolos Papulias junto ao líder conservador Antonis Samaras e o socialista Evangelos Venizelos.

Nem Samaras nem Venizelos falaram do acordo após a reunião desta manhã. Papulias deve reunir-se durante a tarde com os líderes dos demais partidos gregos.

Nenhum dos três partidos que obtiveram os melhores resultados eleitorais conseguiu na semana passada formar um governo de coalizão. Os resultados das legislativas - com uma forte alta do Syriza e a entrada dos neonazistas no Parlamento - preocuparam seriamente a Europa.

Os partidos tradicionais, Pasok e Nova Democracia, ambos europeístas e favoráveis ao draconiamo plano de austeridade imposto à Grécia, não somaram assentos suficientes para obter a maioria no Parlamento.

A maior parte dos demais partidos, incluindo a esquerda radical Syriza e seu líder Alexis Tsipras, se opõem de maneira taxativa à austeridade.

Os analistas políticos consideram que, em caso de novas eleições, o Syriza poderia desta vez ocupar o primeiro lugar.

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