Contrário às medidas de austeridade na Grécia, o partido de esquerda radical Syriza venceu ontem as eleições legislativas realizadas para formar um novo governo no país. Com 70% dos votos apurados, o Syriza conseguiu 149 das 300 cadeiras do Parlamento. O segundo colocado, o centro-direita Nova Democracia, do atual primeiro-ministro Antonis Samaras, obteve 77.
O Syriza precisava de mais duas cadeiras para governar sozinho caso contrário, terá de formar coalizão com legendas menores.
A vitória do partido, uma união feita em 2004 de várias tendências de esquerda, transformará em primeiro-ministro Alexis Tsipras, um político de 40 anos que fez campanha criticando credores e prometendo resgatar a "dignidade" da Grécia.
No discurso em Atenas, após o resultado, ele mandou um recado para a Europa: programa de recuperação dos países em crise baseado em medidas de austeridade fiscal, chamado de "troica", ficou no "passado".
"A população grega fez história e deixou para trás cinco anos de humilhação e sofrimento. Vamos recuperar nossa soberania, com nossas propostas de negociação", disse o líder.
Se a esquerda comemora, por outro lado as principais lideranças europeias assistem com apreensão à vitória de quem defende o perdão de 50% da dívida pública, hoje em torno de 320 bilhões de euros (175% do PIB), e uma moratória temporária do restante. O Syriza assusta potências como Alemanha, Reino Unido e França porque pode romper compromissos financeiros firmados pelo país dentro do bloco.
Euro
As eleições gregas serão o principal tema de um encontro dos ministros das Finanças da zona do euro, que acontece hoje. O objetivo é dar um período de tempo suficiente ao novo governo para ter capacidade de diálogo.
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