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Apoiadores do Partido Socialista Espanhol (PSOE) comemoram resultado das eleições deste domingo (28), em Madri | Foto: AVIER SORIANO/AFP
Apoiadores do Partido Socialista Espanhol (PSOE) comemoram resultado das eleições deste domingo (28), em Madri | Foto: AVIER SORIANO/AFP| Foto: AFP

O Partido Socialista Operário Espanhol (Psoe) venceu as eleições gerais da Espanha neste domingo (28). Mas mesmo com o apoio do Podemos, com quem forma a coalizão esquerdista, o partido do primeiro-ministro Pedro Sánchez não alcançou a maioria absoluta dos assentos no Parlamento – com 99,68% das urnas apuradas, eles somaram 165 deputados, enquanto precisariam de 176 para maioria. Para formar um governo, ele precisará negociar com outros partidos.

O bloco de direita, que conta com o Partido Popular (PP), o Ciudadanos e o estreante Vox, conquistou 147 cadeiras no Parlamento – o PP, principal rival do Psoe, teve seu pior desempenho na história, vendo sua bancada encolher em torno de 50%.

O Psoe deve enfrentar negociações difíceis com outros partidos para formar um novo governo, sobretudo com as legendas ligadas ao independentismo catalão. Em junho de 2018, elas desempenharam papel-chave na aprovação da moção de censura contra o governo conservador de Mariano Rajoy, apresentada por Sánchez – e que alçou o líder do Psoe à chefia de governo da Espanha.

O relacionamento azedou, porém, quando o novo primeiro-ministro se recusou a ceder a uma pauta central dos separatistas: o reconhecimento, por Madri, do direito catalão à autodeterminação.

Em resultado da ruptura, os partidos independentistas rejeitaram a proposta de orçamento do governo para 2019, na prática forçando Sánchez a convocar as eleições que acontecem neste domingo – seguido o calendário normal, elas não ocorreriam antes de junho de 2020.

Participação

A participação dos espanhóis nas eleições deste domingo (28), de 75,8%, é a segunda maior desde a redemocratização, há cerca de 40 anos, de acordo com um balanço parcial divulgado pelo Ministério do Interior no começo da tarde (manhã no Brasil).

Nos últimos 20 anos, a participação no plano nacional tem oscilado entre 65% e 75%. Taxas mais altas de comparecimento costumam beneficiar a esquerda, segundo analistas, já que o eleitor de direita é mais assíduo, demanda menos incentivo para ir votar.

O voto na Espanha não é obrigatório.

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