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O Estado de Nova York anunciou nesta quinta-feira (6) que protocolou uma ação contra a Associação Nacional do Rifle (NRA na sigla em inglês) e seu líder Wayne LaPierre por fraude financeira e má conduta. O objetivo do processo é dissolver o grupo.
"A influência da NRA tem sido tão poderosa que a organização não foi controlada por décadas, à medida que os altos executivos desviavam milhões para o próprio bolso", disse a procuradora-geral de Nova York, Letitia James. "A NRA está repleta de fraudes e abusos, então hoje procuramos dissolver a NRA, porque nenhuma organização está acima da lei."
Segundo James, LaPierre e três outros altos funcionários da NRA usaram fundos e doações de membros por anos como seu "cofrinho pessoal" e usaram dezenas de milhões de dólares em gastos pessoais e de cúmplices em violação das leis que regem as organizações sem fins lucrativos.
Em sua defesa, a NRA denunciou a demanda como "um ataque sem base" legal e "premeditado" contra a organização e as "liberdades da Segunda Emenda [à Constituição dos EUA]".
"É uma tentativa clara de marcar pontos políticos e atacar a principal voz que se opõe à agenda de esquerda. Trata-se de uma tomada do poder por oportunistas políticos, um movimento desesperado que faz parte de uma vingança política nojenta", afirmou a associação em comunicado.
A organização, que já havia questionado anteriormente James por declarações contra seus membros, garantiu que não será "intimidada" e vai se defender.
Eric e Donald Trump Junior, filhos do presidente, são membros da NRA. Questionado sobre o processo, Trump disse, na Casa Branca, que se trata de "uma coisa terrível". "Acho que a NRA deveria se mudar para o Texas e levar uma vida muito boa e bonita", sugeriu.